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Publicada em: 01/06/2021 11:05. Atualizada em: 01/06/2021 19:02.

Equidade Racial: "Não haverá democracia, justiça e igualdade enquanto a sociedade não encarar de frente este perverso quadro de racismo", declara Reginete Bispo

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rbispo1200 - 1 (1).jpgA vereadora de Porto Alegre e consulesa do Senegal, Reginete Bispo, ministrou a segunda conferência do Fórum de Equidade Racial, realizado nesta quinta-feira (27). A palestrante ressaltou que a pauta da discirminaçãoracial é a mais relevante na história do mundo, e tem especial importância no Brasil. Reginete destacou que o racismo estrutural permeia todas as relações, especialmente as relações de poder. Acesse aqui o vídeo da conferência

A consulesa defendeu a necessidade de se compreender o racismo atual através de uma retrospectiva histórica. "Os quase quatro séculos de escravizaçao do povo negro e a dominação dos povos indígenas no Brasil e no continente americano deve ser basilar no debate das relações de trabalho e de poder". Ela ressaltou que trabalhadores negros, homens e mulheres, nunca foram vistos como aptos a ocupar cargos de maior prestígio e espaços de decisão. "Quando assinaram a lei áurea, não foi prevista nenhuma forma de indenização, reparação ou integração dessa população. Pelo contrário: foi criada uma série de normas para dificultar o acesso dos negros à terra, ao mercado formal de trabalho e à edução, e é assim até hoje", observou. 

Reginete também defendeu que a década da afrodescendência da ONU deveria estar vinculada aos objetivos da Agenda 2030. "A questão da equidade de gênero e raça é fundamental para que esses objetivos se concretizem", ressaltou. A consulesa concluiu destacando a importância do Estatuto da Igualdade Racial, que classificou como uma grande mobilização do movimento negro. "Não haverá democracia, justiça e igualdade enquanto a sociedade brasileira não encarar de frente este perverso quadro de racismo estrutural", declarou. 

LogoForumX3 (2).jpgO Fórum pela Equidade Racial foi realizado pelo Foro Trabalhista de Caxias do Sul em parceria com o Comitê de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do TRT-RS, com o apoio e a participação de diversas instituições e entidades. 

Leia também as outras matérias sobre o evento: 

Abertura do Fórum destaca a importância da diversidade e do combate ao racismo

"A sustentabilidade não pode ser branconormativa e eurocêntrica, é preciso aprender com os povos originários", afirma Gleidson Dias

Primeiro eixo do Fórum tratou da relação entre capital e trabalho

“Pensar em futuro para pessoas negras, é pensar em oportunidades iguais para todos nós”, declara Gabriela Oliveira

Segundo eixo do Fórum debateu o tema “Ciência a serviço das relações de trabalho”

Terceiro eixo do Fórum abordou a importância da inclusão social das vítimas de discriminação

"É urgente falarmos em ações de reparação", afirma a juíza Karen de Souza

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Fonte: Guilherme Villa Verde (Secom/TRT-RS)
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