Dez fatos sobre a participação das mulheres nos quadros do TRT-RS
1) Elas são a maioria na magistratura de primeiro grau. São 126 juízas (51%) e 120 juízes (49%) atuando nas Varas do Trabalho.
2) No quadro de desembargadores(as) do TRT-RS, as mulheres ocupam 40% das cadeiras. O Tribunal tem 19 desembargadoras e 29 desembargadores.
Aqui, um ponto interessante: em 2023, o CNJ aprovou resolução que estabelece novas regras para a promoção de magistradas. Os tribunais de segundo grau que ainda não alcançaram, nos cargos destinados a juízas e juízes oriundos da carreira da magistratura, a proporção de 40% a 60% de gênero, devem utilizar uma lista exclusiva para mulheres, alternadamente, com a lista mista tradicional, nas promoções pelo critério do merecimento, até o atingimento de paridade de gênero no respectivo tribunal. Com 18 desembargadoras entre os 38 de carreira (ou seja, 47%), o TRT-RS já cumpre esse percentual.

3) No quadro de servidores e servidoras, há praticamente um empate. São 1.642 homens (51%) e 1.573 mulheres (49%).
4) Também há equilíbrio de gênero entre quem exerce cargos de gestão. São 208 gestoras (45%) e 251 gestores (55%). Quatro anos atrás, o percentual de mulheres em cargos de chefia era de 32%.
5) No estágio, elas lideram: 96 estagiárias (54%) e 71 estagiários (46%).
6) Na Administração atual do TRT-RS, há igualdade de gênero: as desembargadoras Laís Helena Jaeger Nicotti (corregedora) e Maria Madalena Telesca (vice-corregedora) dividem a gestão com os desembargadores Ricardo Martins Costa (presidente) e Alexandre Corrêa da Cruz (vice-presidente).

A Direção da Escola Judicial tem à frente a desembargadora Maria Silvana Tedesco (vice-diretora) e o desembargador Fabiano Holz Beserra (diretor).
Na Ouvidoria, o TRT-RS também tem uma mulher e um homem no comando: a desembargadora Carmen Gonzalez (ouvidora da Mulher e das Ações Afirmativas) e o desembargador João Paulo Lucena (ouvidor).
7) Em 2017, o TRT-4 lançou a sua “Política de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade”Abre em nova aba, consolidando o compromisso da Justiça do Trabalho gaúcha com o tema.
8) Em 2022, o TRT-RS alterou seu regimento, estabelecendo que todas as Comissões, Comitês e Grupos de Trabalho devem observar a equidade de gênero na composição - e, quando possível, a representatividade de raça e de pessoas com deficiência. Exceção para os colegiados cujos membros sejam elegíveis ou cuja composição esteja prevista regimentalmente.
9) A desembargadora Alcina Tubino Ardaiz SurreauxAbre em nova aba foi presidente do TRT-RS no biênio 1986/1987. A magistrada foi a primeira mulher a presidir um tribunal no Rio Grande do Sul e uma das primeiras a presidir um Tribunal Regional do Trabalho no Brasil.

Desa. Alcina Surreaux
10) Na história do TRT-RS, sete desembargadoras ocuparam a Presidência: Alcina Tubino Ardaiz Surreaux (1986/1987), Rosa Weber (2002/2003), Maria Helena Mallmann (2012/2013), Cleusa Regina Halfen (2014/2015), Beatriz Renck (2016/2017), Vania Cunha Mattos (2018/2019) e Carmen Gonzalez (2020/2021).