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Publicada em: 14/09/2018 09:30. Atualizada em: 14/09/2018 20:10.

Encontro Anual de Gestores capacita servidores do TRT-RS

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Na manhã dessa quinta-feira (13/09), foram oferecidas duas palestras para os gestores do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), reunidos em Porto Alegre para o 21º Encontro Anual de Gestores. Ocorridas no auditório da Escola Judicial, as atividades se focaram em competências e conhecimentos de importância geral para o Judiciário Trabalhista. Pela tarde, o público foi dividido em três grupos, cada um com uma programação específica: gestores atuantes na área administrativa, na área judiciária de 1º grau e na área judiciária de 2º grau.

Acesse as fotos do evento (atualizado com as fotos do 2º e 3º dias às 19h30 de 14/9).Abre em nova aba 

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Os trabalhos começaram com manifestação da juíza Raquel Nenê Santos, coordenadora do Comitê Gestor de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do TRT-RS, que divulgou entre os presentes a retomada da campanha #HeForShe, vinculada à ONU. Em sua fala, ela lembrou que a Justiça do Trabalho gaúcha é parceira da campanha #HeforShe, desde março de 2016. “A campanha objetiva engajar todas as pessoas, em especial os homens, em um movimento para a conquista da igualdade de gênero até 2030”, explicou. Veja aqui a íntegra de texto produzido pela magistrada sobre o temaAbre em nova aba

A primeira palestra da programação geral foi proferida pela psicanalista e master coach Laura Vieira, servidora da Secretaria de Gestão de Pessoas do Supremo Tribunal Federal (STF). Intitulada “Mude seu mundo e o mundo muda”, a apresentação reforçou que a mudança coletiva no contexto do serviço público deve começar com a mudança individual. “Não há como mudar uma coletividade, positivamente falando, se a gente não mudar o nosso olhar individual sobre essa coletividade. O que nós estamos fazendo no dia a dia, em pequenas ações, para mudar o serviço público? É preciso alterar esse estereótipo do servidor público que não faz nada, do serviço que é ineficiente. E, se você está dentro do serviço público, você pode alterar”, explica a psicanalista.

A segunda atividade da manhã ficou a cargo do também servidor público Marcelo Barros Marques, subsecretário de Programação Orçamentária e Financeira do Conselho da Justiça Federal. Ele palestrou sobre Orçamento Público com Enfoque na Justiça do Trabalho, analisando o momento em que o País está inserido e o atual paradigma orçamentário, em especial por conta do período de austeridade fiscal e da imposição de um teto de gastos ao Judiciário. Ele passou duas orientações aos gestores. “Em primeiro lugar, agir com transparência, o que faz com que o destinatário das ações pelo menos tenha o consolo de compreender o que está acontecendo. Em segundo, trabalhar com planejamento, de modo a otimizar os gastos para garantir a prestação jurisdicional mais efetiva possível, ao menor custo possível”, recomenda.

Pela tarde, a assessora de Gestão Estratégica do TRT-RS, servidora Carolina da Silva Ferreira, conversou com os gestores sobre os critérios e as métricas utilizadas para o controle social da Instituição. Na apresentação "Um olhar sobre a Justiça do Trabalho", realizada para os gestores da área judiciária de 1º e 2º grau, foram esclarecidas dúvidas sobre o formato das demandas encaminhadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e discutidas as possibilidades de os gestores se adaptarem para responder a essas solicitações de forma prática e eficiente.

Para conversar com o 1º grau, Carolina foi acompanhada pelo servidor Jeferson Andrade, da Corregedoria, que trouxe dados referentes à produtividade das Varas. Na sequência, ele ministrou aula para o mesmo público sobre as Ferramentas de Gestão usadas pela Corregedoria, em especial o Mapeamento Global de Desempenho (MGD), um índice para aferir o desempenho das unidades. “Nesse momento, temos 16 unidades que não estão em uma situação muito boa de produtividade. A Corregedoria vai fazer um acompanhamento mais próximo dessas unidades, mapeando os gargalos e fornecendo dados que propiciem a melhora do desempenho. É a Corregedoria trabalhando em conjunto na busca de melhores resultados”, avalia.

No diálogo com o 2º Grau, a assessora da AGE esteve acompanhada pelo secretário-geral judiciário do TRT gaúcho, servidor Onélio Luis Soares Santos. A SEGJUD é responsável por definir os temas a serem apresentados para a área judiciária de 2º grau, e o convite à AGE ocorreu por conta da necessidade de esclarecer os gestores acerca das metas e indicadores do CNJ. “Nosso pessoal entende, e com razão, que o trabalho feito aqui é um trabalho intelectual, que não pode ser medido exclusivamente pelo atingimento das metas. Apesar disso, não podemos perder o olhar sobre essas metas, que muitas vezes refletem como a sociedade nos enxerga”, pondera Onélio.

Também a convite da SEGJUD, o desembargador Ricardo Martins Costa conversou sobre o cenário de mediação e conciliação no Brasil, traçando um paralelo com as trajetórias do CEJUSC e do NUPEMEC no TRT-RS. Atualmente, foi delegada à SEGJUD a atividade de secretariamento operacional e executivo das atividades conciliatórias no 2º grau. 

Outra palestra com implicações práticas para o trabalho das unidades judiciárias de 1º grau foi proferida pelo servidor Geovane Batista dos Santos, diretor da 13ª VT de Goiânia (TRT18). A Vara foi destacada pelo CNJ por suas práticas inovadoras de execução, incluindo o Sistema Automatizado de Bloqueios Bancários (SAAB), que foi destaque na apresentação – uma espécie de “robô” que importa dados do PJe (Processo Judicial Eletrônico) e utiliza o BacenJud. “O sistema é particularmente eficiente para processos que estão há mais tempo na fase de execução”, considera Geovane. A pesquisa do Bacenjud vale somente para o dia, mas o robô 'desacomoda' processos ao fazer essa verificação diariamente. “É como se você fizesse ordem de bloqueio todos os dias para um determinado processo. Todo o dinheiro que for entrando, o robô identifica e bloqueia”, explica. Em muitos casos, mesmo quando o sistema não bloqueia o valor integral, os devedores se sentem motivados a quitar a dívida para evitar bloqueios futuros.

Encerrando as atividades do dia no 2º grau, a servidora Natacha de Oliveira, diretora da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicações (Setic), falou sobre novas tecnologias e o papel delas no mundo do trabalho. Ela apresentou a palestra “Transformação Digital: Sistemas Integrando Pessoas”, que abordou, dentre outros temas, as alterações sociais impulsionadas pelas inovações tecnológicas. Segundo Natacha, tecnologias como machine learning, reconhecimento facial, análise de texto e linguagem natural, impressoras 3D e carros autônomos serão responsáveis por modificar o mundo do trabalho, impactando na atuação da Justiça do Trabalho. “Precisamos nos reorganizar para continuar existindo enquanto mecanismo social”, afirma a servidora. Também falou sobre as tecnologias já implementadas no TRT-RS e os potenciais de cada uma dessas ferramentas, além de fazer projeções para o futuro. Foram apresentados, durante a ocasião, projetos que deverão ser colocados em prática nos próximos anos.

Para a área administrativa, que reúne servidores dedicados a atividades mais especializadas, foi realizada no turno da tarde uma única palestra, mais interativa e focada na ampliação das competências gerenciais para resolução de problemas. Felipe Anghioni, professor da Perestroika – Escola de Atividades Criativas, abordou o tema da pró-atividade criativa. “Criatividade é uma habilidade que pode ser desenvolvida por qualquer pessoa, e existe uma técnica, com fundamentos e estudos. É possível ser mais criativo, mesmo sem ter nascido com esse dom”, resume o palestrante.

Acesse a matéria sobre a cerimônia de aberturaAbre em nova aba, a notícia sobre a aula de aberturaAbre em nova aba e a reportagem sobre a palestra de Caco BarcellosAbre em nova aba.

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Fonte: Álvaro Lima e Leonardo Fidelix (Secom/TRT-RS)
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