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Publicada em: 20/07/2007 00:00. Atualizada em: 20/07/2007 00:00.

Marca Ortopé vai a leilão em 23 de agosto

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Fábrica de 54 anos, que já liderou na linha infantil, é alvo de disputa judicial

O destino da tradicional indústria de calçados infantis Ortopé pode ser decidido em 23 28 de agosto, dia em que será realizado o leilão da marca, dos bens móveis, máquinas e do imóvel, localizado no município de São Francisco de Paula. A venda da empresa, fundada em Gramado há 54 anos está sob responsabilidade do leiloeiro Rubem R. Garcia. O leilão foi determinado pelo juiz da Vara de Gramado. Os bens serão vendidos no estado em que se encontram e o lance mínimo para o arremate da Atualmente, modelos são produzidos pela Sugar Shoes marca é de R$ 15 milhões. Localizado em um térreno de 138 mil metros quadrados, o prédio, com 13.627 metros quadrados, está estimado em um preço inicial de R$ 5,711 milhões. De acordo com a empresa que realizará o leilão, o imóvel será vendido "ad corpus", ou seja, será vendido como está, se houver divergência de tamanho ou quaisquer outra característica com o verificado no cartório de registro de imóveis, a regularização ficará a cargo do comprador. Já os equipamentos, que incluem máquinas de corte a laser e de costura, entre outros, tem um preço mínimo de R$ 510,8 mil. Por ser reclamatória trabalhista, os bens podem ser vendidos abaixo do preço de avaliação. Há preferência que seja vendido num único lote, não havendo interessados pelo todo, será apregoado primei­ramente a marca, a seguir as máquinas e por último o imóvel. O leilão é o resultado indireto de uma Ação Civil Pública com pedido de liminar na 2ª Vara do Trabalho de Gramado, contra o grupo econômico da Ortopé (6 empresas e 16 sócios), que pedia o afastamento dos administradores, a intervenção judicial em todas as empresas, a desconsideração da personalidade jurídica e a responsabilização solidária de todas as pessoas físicas e jurídicas responsáveis pelo empreendimento. De acordo com o procurador do trabalho Ricardo Wagner Garcia, o motivo do pedido de intervenção foi o expressivo contingente de execuções e demandas trabalhistas perante a Justiça do Trabalho de Gramado, cujas execuções foram organizadas como forma de garantir os pagamentos. O passivo estimado pelo procurador foi de R$ 10 milhões, constituídos por verbas rescisórias, salários devidos, FGTS e contribuições previdênciárias não recolhidas. Já a perícia contábil definida em juízo ficou em R$ 12 milhões. A juíza Maria Helena Lisot determinou a intervenção judicial nas empresas, à exceção da Schaus Licenciamento de Marcas Ltda., em caráter provisório, com a destituição da direção dos atuais administradores. Também foi determinada a indisponibilidade dos bens e numerário de todos os requeridos (empresas e pessoas físicas), exceto da ré Schaus e seus sócios. Da mesma forma, foi determinado às empresas do grupo que se abstenham de pagar honorários, gratificação, pro-labore ou qualquer outro tipo de retribuição ou retirada a seus diretores, sócios e gerentes, deixando de distribuir lucros, bonificações e dividendos aos seus sócios, acionistas ou membros de órgãos dirigentes, fiscais ou consultivo, excetuada a ré Schaus. O procurador do trabalho Ricardo Wagner Garcia avalia que a liminar tem base jurídica e que a situação de calamidade da empresa se baseia em fatos notórios, por isso não acredita que qualquer pedido de liminar para impedir o leilão tenha êxito. "O próprio patriarca já foi condenado por crime tributário e o grupo econômico está confessado em vários processos individuais", afirma. Atualmente, a Ortopé é produzida pela Sugar Shoes, que paga licença pelo nome. Mesmo com os problemas jurídicos, a empresa está investindo em inovação, apostando na revitalização da marca. Durante a Francal, que ocorreu na semana passada em São Paulo, a empresa lançou a linha Ergonpé, com calçados de características ergonômicas, embasada por pesquisa científica supervisionada por Najara Maria Fleck da Rosa, fisioterapeuta e mestre em Ergonomia pela Ufrgs. Os produtos da linha Ergonpé têm características que levam em conta o andar da criança e suas fases, acompanhando o crescimento natural do pé. O sapato ergonômico precisa estabilizar e ao mesmo tempo facilitar os movimentos do tornozelo e pé, impedindo a queda e permitindo que todas as fases da caminhada se realizem da forma mais natural possível.
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Fonte: Jornal do Comércio
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