O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) recebeu o Prêmio Justiça do Trabalho Sustentável. O trabalho premiado foi na categoria “Dimensão Econômica”, com o processo de digitalização por demanda do Memorial do TRT-RS, da Secretaria Processual, do Arquivo-Geral e do Arquivo de Porto Alegre.

O prêmio foi entregue na terça-feira (27), durante o 9º Encontro Nacional de Sustentabilidade da Justiça do Trabalho, que ocorre até 30 de agosto, em Salvador, na Bahia. O evento é promovido pelo Comitê Gestor da Política Nacional de Responsabilidade Socioambiental da Justiça do Trabalho (PNRSJT) do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).

A chefe da Coordenadoria de Sustentabilidade, Acessibilidade e Inclusão do TRT-RS, Anita Cristina de Jesus, que é uma das palestrantes do evento, foi quem recebeu o troféu em nome do Tribunal. O servidor Cicero da Silva Ferreira, integrante da Coordenadoria, também participa da atividade.

O encontro aborda os principais temas voltados às diversas vertentes da sustentabilidade, agenda de trabalho decente e seguro, combate ao trabalho infantil e de estímulo à aprendizagem, sustentabilidade social, justiça climática, racismo ambiental e as novas perspectivas dessas agendas, temas esses alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Neste ano, o evento é organizado pelo TRT da 5ª Região (Bahia).

Projeto premiado

O projeto “Digitalização por Demanda” foi implementado para otimizar o desarquivamento ou a vista de processos arquivados, quando solicitado pelas partes, procuradores ou demais unidades do Tribunal. A iniciativa visa digitalizar os processos solicitados e, ao mesmo tempo, dar oportunidade de trabalho a pessoas surdas, contratadas por meio da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis).

Em produção desde setembro de 2021, o projeto vem recebendo todos os processos demandados por unidades judiciárias do interior do Estado, analisando-os e separando-os de acordo com a situação atual (encerrado ou não encerrado) e de acordo com o ano de ajuizamento (Memória do Mundo da Unesco). Após essa triagem, os processos seguem para a higienização, onde é retirada a sujeira, como poeira, fuligem, fitas adesivas e metais.

Com os procedimentos de preservação realizados, os processos são encaminhados à digitalização, originando uma versão digital que evita o acesso e manuseio dos autos físicos. O processo de digitalização é conferido por um servidor ou servidora, que avalia a sua correção, faz o lançamento adequado, envia digitalmente o material ao demandante e armazena os autos físicos em local apropriado. Como função final, os processos digitalizados são descritos arquivísticamente no software de difusão do Memorial da Justiça do Trabalho no Rio Grande do Sul, propiciando uma busca direcionada por assuntos e permitindo a segregação do acervo por critérios pré-definidos.

Processos que foram atingidos pela enchente de maio deste ano estão passando por recuperação e também estão sendo digitalizados.

“Para tanto, o TRT da 4ª Região está equipando a equipe de digitalizadores com novos scanners adequados para a digitalização de processos sensíveis. Na recuperação dos processos, também será priorizada a demanda dos processos arquivados”, destaca o chefe do Memorial, Maurício Oliveira Agliardi.