Serviço de acolhimento a trabalhadores começa nesta segunda-feira, no abrigo da Ulbra, em Canoas
A partir de segunda-feira (3/6), trabalhadores e trabalhadoras presentes em um dos maiores abrigos para vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, localizado no campus da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas, contarão com acolhida legal e assistência jurídica para questões emergenciais relacionadas ao trabalho.
A iniciativa, denominada "Balcão do Trabalhador", é uma parceria do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), com o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a própria Universidade, por meio do seu Serviço de Assistência Judiciária Gratuita (Sajulbra).
O serviço será inaugurado às 11h e estará presente na Estação do Livro, localizada dentro do campus da Ulbra. No local, sob a supervisão de magistrados e servidores da Justiça do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego, estudantes de Direito da Ulbra darão orientação e encaminhamentos a questões dos trabalhadores e trabalhadoras abrigados, bem como para a comunidade em geral e para empresários de pequeno ou médio porte que estejam em dificuldade devido ao contexto das chuvas no Estado.
Segundo o desembargador do TRT-4 Luiz Alberto de Vargas, que integra o Gabinete de Crise Climática instituído pelo Tribunal para discutir questões emergenciais relacionadas às enchentes, o objetivo da iniciativa é acolher todos e todas que façam parte do mundo do trabalho. "Queremos oferecer acolhimento, ouvir as demandas, as dificuldades de cada um, e tentar resolver, por meio da assistência gratuita", afirma o magistrado. "É também um trabalho de apoio de resgate da própria dignidade e da autoestima, em um momento tão delicado como esse", complementa.
Como explica Vargas, a medida soma-se a uma série de iniciativas tomadas pelo TRT-4 com o objetivo de estar cada vez mais integrado à comunidade nesse contexto que exige solidariedade para a reconstrução, como as campanhas de arrecadação de donativos e recursos para as vítimas e o esforço institucional empreendido em conjunto com outros tribunais para assegurar a prestação jurisdicional. "Nesse momento, há a necessidade de o Tribunal se dedicar não apenas à sua atividade principal, mas também em ações de apoio e assistência. Estamos fazendo que sempre fizemos: contribuindo para um Rio Grande mais forte, tarefa que agora se tornou ainda mais urgente", conclui.