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Publicada em: 22/05/2025 16:23. Atualizada em: 23/05/2025 10:24.

Uso de inteligência artificial na prestação jurisdicional é tema de conferência na 1ª Jornada Institucional da Magistratura

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João Valério aparece no telão, ao fundo. Na frente dele, o juiz Jorge Alberto está sentado em um sofá e fala ao microfone.
João Valério partiicipou do evento por videoconferência.

“A inteligência artificial e a prestação jurisdicional” foi o tema da segunda conferência da abertura oficial da 1ª Jornada Institucional da Magistratura do Trabalho gaúcha, na manhã desta quinta-feira (22/5). A palestra ficou a cargo do juiz João Valério de Moura Júnior, do Tribunal de Justiça do Pará, que participou do evento por videoconferência. 

O magistrado iniciou sua fala com uma reflexão sobre a imagem da Justiça ao longo da história. Ele relembrou a época dos processos físicos e da necessidade de advogados e partes comparecerem presencialmente nos foros. A seguir, mencionou a digitalização dos processos, o avanço das ferramentas tecnológicas e o uso da inteligência artificial, provocando uma reflexão sobre o papel do Judiciário. “Somos um lugar, um modelo tradicional de acesso à Justiça? Ou somos um serviço que vai ao cidadão?”, questionou. 

João Valério apresentou ferramentas que utilizam a inteligência artificial para facilitar tarefas rotineiras no Judiciário. Entre elas, mencionou a Zeus Whisper, desenvolvida pelo Tribunal de Justiça do Pará com sua participação. Ela faz a transcrição automática de depoimentos em audiências, identificando os depoentes e em quais momentos foram citadas determinadas informações. “Também é possível comparar o depoimento de A e B, para verificar contradições. Além de trazer agilidade para nosso trabalho, possibilita a interpretação daquelas questões de uma maneira mais prática”, observou. 

Juiz Selbach, em primeiro plano, conversando com a S.A.R.A, pelo telão
Juiz Selbach interagindo com a S.A.R.A, pelo telão

Na conclusão da conferência, João Valério ressaltou que as ferramentas de IA podem contribuir muito para a atuação da Justiça do Trabalho, mas acrescentou que a instituição deve seguir se aprimorando na área das relações humanas e no seu olhar para os excluídos sociais. “A Justiça do Trabalho tem um significado muito grande de garantia de direitos humanos. É uma instituição constitucionalmente inovadora, e só nós podemos, junto com a tecnologia, fazer a diferença para o cidadão”, declarou. 

A mediação da palestra ficou a cargo do juiz do TRT-RS Jorge Alberto Araujo. A 1ª Jornada Institucional da Magistratura do Trabalho gaúcha prossegue até a tarde de sexta-feira (23/5). 

S.A.R.A

Remetendo ao tema da jornada, a Escola Judicial apresentou a S.A.R.A, uma personagem criada com inteligência artificial que interagiu de forma bem humorada com o mestre de cerimônias, o juiz Carlos Henrique Selbach, ao longo do evento. 

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Fonte: texto de Guilherme Villa Verde e fotos de Guilherme Lund (Secom/TRT-RS)
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