Comitê de Equidade do TRT-RS inicia 2ª edição do livro sobre memórias quilombolas
Na sexta-feira (28/3), representantes do Comitê de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) se reuniram para tratar da elaboração do pré-projeto “Memórias de Trabalho e Não Trabalho Quilombola – ReEncontro e RenovAção”. A iniciativa prevê a segunda edição do livro sobre o tema e a produção de um documentário.
Estiveram presentes na reunião, pelo comitê, a juíza Lúcia Rodrigues de Matos, uma das coordenadoras; o servidor aposentado Márcio Meireles Martins, que foi o editor da primeira edição; e a servidora Roberta Liana Vieira. Pelo Memorial, a desembargadora Rosane Casa Nova (coordenadora da Comissão de Gestão da Memória) e a servidora Kátia Kneip, coordenadora da unidade. Representando a Coordenadoria de Sustentabilidade, Acessibilidade e Inclusão, os servidores Cícero da Silva Ferreira, Laís Cristina Gerhardt e Eliane Cristina Pereira da Silva.
Como convidados, participaram Ubirajara Toledo, membro e fundador do Instituto de Assessoramento às Comunidades Remanescentes de Quilombo (IACOREQ) e conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos do RS; o professor Paulo Sergio da Silva, vice-diretor da Escola Liberato Salzano Vieira, no Bairro Sarandi, em Porto Alegre; Luís Rogério Machado “Jamaika”, liderança do Quilombo dos Machado; e José Carlos dos Santos Rodrigues, arquiteto urbanista, especialista em projetos sociais e membro do IACOREQ.
O encontro teve como objetivo apresentar aos convidados o pré-projeto, que propõe a elaboração da segunda edição do livro "Memórias de Trabalho e Não Trabalho Quilombola". A primeira edição, lançada em 2019 pelo Memorial do TRT-RS, reuniu professores e alunos de sete escolas da rede municipal e estadual com representantes dos sete quilombos urbanos existentes na capital gaúcha. Além do livro, a nova edição incluirá a produção de um documentário, promovendo o reencontro dos participantes da primeira edição e de novas vozes quilombolas.
A iniciativa foi recebida com entusiasmo pelos convidados, especialmente pelo reconhecimento que a obra conquistou, inclusive fora do Brasil. Para as lideranças quilombolas, o livro significou a possibilidade de que as próprias comunidades negras possam contar as suas histórias.
Uma nova reunião foi marcada, mediante convite de demais lideranças quilombolas, para dar continuidade às discussões sobre o projeto.