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Publicada em: 11/03/2022 17:39. Atualizada em: 11/03/2022 17:41.

Leia o depoimento de três servidoras do TRT-4 para o Mês das Mulheres

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Início do corpo da notícia.
Arta para a capa contendo as fotos das servidoras e a marca do mês da mulher.Thaize Dallapícola Ramos é a servidora que tomou posse mais recentemente. Ignesita Ferreira Lena é a servidora aposentada que ingressou há mais tempo no Tribunal. Rejane Soares é uma das servidoras que tem mais anos de exercício no interior. Acompanhe seus depoimentos e as mensagens que deixaram para a série especial do TRT-4 sobre o Mês da Mulher.









Ignesita Ferreira Lena.jpg
Ignesita Ferreira Lena
Ignesita:


“Digo às mulheres que trabalhem com dedicação e afinco nas suas responsabilidades, procurem aperfeiçoamento e que nunca desistam de seus sonhos”, declara a servidora aposentada que ingressou há mais tempo no tribunal Ignesita Ferreira Lena.


“Eu comecei a trabalhar na "Junta" de São Jerônimo/RS. Não tive dificuldades pelo fato de ser mulher quando entrei na Justiça do Trabalho, a não ser o desafio de aprender as tarefas do novo serviço.Graças a Deus, não tive preconceito. Minha primeira chefe era mulher e quando assumi a chefia da Junta a maioria da equipe era mulher. Éramos em 5 mulheres e dois homens naquela época. Sei que atualmente existem mais mulheres entrando nos concursos públicos e mais mulheres exercendo cargos de chefia na Justiça.
Eu sempre amei aquilo que eu fazia na Justiça do Trabalho. Então, digo às mulheres que trabalhem com dedicação e afinco nas suas responsabilidades, procurem aperfeiçoamento e que nunca desistam de seus sonhos”.


Rejane Soares é uma mulher de meia idade, cabelos ondulados e avermelhados passando os ombros. Ela sorri levemente para a fotografia.
Rejane Soares
Rejane:


"No trabalho, além de equidade, é preciso haver empatia com questões de vulnerabilidade das mulheres", aponta a servidora mais antiga em atividade no interior, Rejane Soares.


Iniciei minha carreira em 1981, na 2ª Vara do Trabalho de Canoas. Na época já havia um equilíbrio entre homens e mulheres na lotação da Vara. Nunca sofri discriminação, nem assédio. O problema maior que enfrentei, foi o fato de ser secretária de audiência e essas se estendiam a horários que me dificultavam a volta  para casa ou ir para faculdade. saía da Vara com muito medo, enfrentando ônibus lotados com assédios constantes. Apesar da equidade de tratamento que me dispensavam, não havia a empatia necessária à questão da vulnerabilidade a que nós mulheres estamos expostas na rua. E que, para sobreviver no mundo do trabalho, muitas de nós enfrentam, mas não reclamam à chefia para não serem discriminadas. Passei a trabalhar em 1983 na 1ª Vara do Trabalho de Novo Hamburgo, onde também havia equidade de gêneros na lotação da Vara, todos tivemos chance de evoluir nos cargos, independente de gênero e ao mesmo tempo havia uma proteção necessária por parte do Diretor, não nos expondo a horários que pudessem nos colocar em perigo. Em 2003, trabalhei em São Leopoldo e a partir de 2012 em Estância Velha, onde em algumas ocasiões tiveram mais mulheres que homens trabalhando. Em toda a minha carreira, nunca convivi com qualquer discriminação por gênero, pois já trabalhei com pessoas difíceis, mas esses problemas ocorriam com todos os meus colegas.


Thaize Dallapícola Ramos é uma mulher jovem de pele branca, cabelos compridos, lisos e loiros. Ela sorri para a fotografia.
Thaize Dallapícola Ramos
Thaize:


“A mulher tem papel fundamental no Tribunal na busca por colocação profissional e paridade diante das oportunidades que surgem, em relação aos homens”, aponta a servidora  nomeada mais recentemente no TRT, Thaize Dallapícola Ramos.


Tenho 36 anos. Já fui servidora pública de duas prefeituras e bancária antes de ingressar no TRT. Infelizmente já passei por episódios de preconceito e discriminação de gênero sim, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Acredito que quase toda mulher (senão todas) possuem relatos nesse sentido. Profissionalmente, como trabalhei durante 13 anos em um banco, ambiente predominantemente masculino, já vivi situações constrangedoras no dia a dia de trabalho e, inclusive, era possível verificar uma preferência sistemática por pessoas do sexo masculino nas nomeações para cargos de chefia/coordenação. Na vida pessoal, a mulher convive com diversas situações de preconceito, seja pontualmente ou estruturalmente, nos mais variados contextos, que vão desde uma "cantada" inconveniente na rua até agressões verbais ou físicas.
Ser mulher e servidora pública é um orgulho porque o concurso público é uma forma de seleção imparcial, que permite a igualdade de oportunidade no quesito de gênero. A mulher tem papel fundamental no Tribunal na busca por colocação profissional e paridade diante das oportunidades que surgem, em relação aos homens. Precisamos estar atentas e unidas em prol de garantir igualdades de direito e oportunidades na nossa instituição.
Apesar de podermos comemorar boas conquistas, não podemos deixar de entender que há muito ainda  a ser feito. Questões salariais, de oportunidades e valorização ainda precisam ser ajustadas de modo a atender as peculiaridades e desvantagens comuns no cotidiano da vida feminina como um todo. É preciso combater o preconceito em relação à maternidade/gravidez, equiparação salarial e a divulgação e garantia de políticas de respeito e valorização da mulher nas instituições. O discurso misógino está enraizado em nossa cultura e precisa ser combatido firmemente por todos. Quanto aos homens, acredito que possuem um papel fundamental e precisam estar atentos e aliados à causa feminina, também. 
Fim do corpo da notícia.
Fonte: Secom/TRT-RS.
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