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Publicada em: 10/06/2019 23:47. Atualizada em: 17/06/2019 17:17.

Combate à homofobia: Exposição "Existir Atrás das Cores" entra em cartaz no TRT-RS

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Foto da cerimônia de abertura da exposição "Existir Atrás das Cores"
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A exposição "Existir atrás das Cores", do fotógrafo Walter Karwatzki, foi inaugurada no saguão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), nesta segunda-feira (10/6). A mostra reúne 25 fotografias em preto-e-branco da Parada LGBT de Porto Alegre de 2005. O evento é uma ação alusiva ao Dia Internacional de Combate à Homofobia, comemorado em 17 de maio, e ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQ+, celebrado em 28 de junho, com promoção do Comitê Gestor de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do TRT-RS. 

Na abertura da exposição, a presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, ressaltou o engajamento da Justiça do Trabalho em iniciativas que promovem um mundo mais humano e fraterno. "A evolução somente se processa quando todos firmam o entendimento de que o preconceito chancela o ódio e a intolerância. Não há como se conviver e compactuar com o preconceito, todos nós somos iguais partícipes desta aventura que é a vida humana", afirmou.

A representante do Comitê de Equidade do TRT-RS, juíza Cacilda Ribeiro Isaacsson, apresentou ao público alguns números que revelam a gravidade do problema da homofobia no país. Em 2017, o disque 100 do Ministério dos Direitos Humanos recebeu 1.720 denúncias de violações de direitos da população LGBT, e foram registradas 445 mortes decorrentes da homofobia. A magistrada também lembrou que o dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade da lista de distúrbios mentais da classificação internacional de doenças, e a partir de então a data passou a marcar a luta contra o preconceito. "A orientação sexual não pode ser considerada doença, por se tratar de traço da personalidade do indivíduo. Se há algum tipo de doença, é da sociedade, que sofre pelo preconceito historicamente arraigado", declarou. A juíza elogiou o trabalho do fotógrafo Walter Karwatzki, e comentou que sua obra oferece ao espectador um novo olhar para combater o preconceito. "Suas fotografias mostram uma perspectiva repleta de delicadezas, que nos possibilita ver a liberdade de amar em suas múltiplas formas e expressões", elogiou. 

O fotógrafo Walter Karwatzki agradeceu a oportunidade de apresentar sua obra na Justiça do Trabalho. "É importante trazer esse tema para um grande espaço público, onde transitam tantas pessoas", afirmou. O artista falou sobre o desafio de fotografar a Parada LGBT sem usar as cores. "Nesse tipo de evento, a cor rouba o nosso olhar. Mas usando a fotografia em preto-e-branco, me apeguei aos pequenos gestos, a momentos que não se repetem", comentou. Ao final de sua fala, Walter lembrou-se, emocionado, do dia em que seu pai tomou conhecimento de que ele era homossexual. "Quando meu pai me percebeu gay, ele disse uma única frase: 'Saiba ser'. E foi o que procurei fazer ao longo dos anos, saber ser. Eu acho que se cada um de nós souber ser, já é uma ajuda muito grande para um mundo melhor", declarou.  

Além de praticar fotografia desde 2007, Karwatzki é doutor em processo e manifestações culturais e professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Porto Alegre. A exposição fotográfica ficará em cartaz no local até 28 de junho, com visitação de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, com curadoria de Alexandre Boer. 

Ao final da cerimônia, o público recebeu exemplares do Manual Orientador sobre Diversidade, lançado pelo Ministério dos Direitos Humanos em 2018, e o prédio-sede do TRT-RS recebeu uma iluminação especial, com cores que fazem referência à campanha contra a homofobia e ao programa de combate ao trabalho infantil.

Também participaram do evento a representante do MPT-RS, Marcia Medeiros de Farias, a gestora regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, juíza Maria Silvana Rotta Tedesco, a diretora do Foro Trabalhista de Porto Alegre e representante da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região (AmatraIV), Anita Job Lübbe, os representantes da Comissão Especial de Diversidade Sexual e Gênero da OAB-RS, Fabrício Marquezin e Saulo Macalós, o representante da Comissão de Acessiblidade e Inclusão do TRF4, Carlos Colombo, e a representante da Assessoria a Mulheres em Situação de Violência do Serviço de Assessoria Jurídica Universitária da UFRGS, Dolores Silveira. 

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Fonte: texto de Guilherme Villa Verde e fotos de Inácio do Canto (Secom/TRT-RS)
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