ENTREVISTA: Juíza Carolina Gralha, presidente eleita da Amatra IV
A juíza do Trabalho Carolina Hostyn Gralha foi eleita presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região (Amatra IV), no dia 1º de junho. Ela tomará posse no próximo dia 15 e estará à frente da entidade no biênio 2018/2020. O vice-presidente será o juiz Tiago Mallmann Sulzbach.
Natural de Porto Alegre, Carolina é juíza do Trabalho desde 2005. Em dezembro de 2017, foi promovida ao cargo de juíza titular, pelo critério de merecimento, assumindo a jurisdição da Vara do Trabalho de Frederico Westphalen.
Em contato feito pela Secretaria de Comunicação Social do TRT-RS, a magistrada falou sobre planos da sua gestão. Confira:
A Amatra IV tem defendido a Justiça do Trabalho em diversas ações, muitas delas ao lado do TRT-RS. Como se dará essa atuação nos próximos dois anos?
Carolina Gralha: A Amatra IV vai seguir parceira do TRT-RS em todas as questões que nos unem com o objetivo de preservação e prestígio da Justiça do Trabalho. Temos que enaltecer nossas atuações e o que nos diferencia dos demais ramos do Judiciário por sermos efetivamente mais produtivos e eficazes, conforme o próprio Conselho Nacional de Justiça reconhece. Vamos seguir juntos e propor novas parcerias para agregar mais categorias nesse mesmo objetivo de defesa da Instituição.
A entidade tem representantes em comissões e comitês do Tribunal. Como a senhora analisa essa participação?
Carolina Gralha: Cada vez mais as Administrações do Tribunal têm ficado mais abertas à participação da Amatra, bem como dos servidores por meio do Sintrajufe. O TRT tem promovido consultas diretas aos juízes e servidores para escolherem seus representantes e mantido assento, voz e, em algumas situações, voto em comissões e comitês. A entidade vê isso com muito bons olhos e acredita que só a plena democracia vai fazer nós avançarmos de fato nas questões que o Tribunal se propõe a discutir.
Como a entidade atuará em prol da promoção do trabalho decente e dos direitos humanos?
Carolina Gralha: Deixamos bastante claro durante a campanha que uma de nossas bandeiras e uma das justificativas da existência da Magistratura e da Justiça do Trabalho é atuar nessas situações que inicialmente podem parecer externas mas nos influenciam diretamente, que é a pauta cidadã. Ela nos legitima e humaniza a própria pauta corporativa. Continuaremos sendo parceiros do Tribunal nas campanhas contra o trabalho infantil e escravo, pelo trabalho seguro, e teremos outras iniciativas próprias para enaltecer esse nosso papel significativo na sociedade.
Qual a pauta prioritária da sua gestão frente à entidade?
Carolina Gralha: Principalmente em um cenário de corte orçamentário e dificuldades remuneratórias, vamos valorizar muito nossos associados e juízes, buscando a dignidade da remuneração, a valorização das prerrogativas e principalmente unificando os segmentos que temos na Magistratura, desde os juízes aposentados até aqueles que recém ingressaram na carreira, bem como magistrados da Capital e do Interior, para que tenhamos um trabalho coeso e para todos. A grande bandeira da Amatra será as questões das prerrogativas da Magistratura, seguidas da defesa da Justiça e do Direito do Trabalho. Também incentivaremos o pleno uso da nova sede da entidade, com sua modernas instalações.