Gramado - A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho, 4ª Região, iniciou na manhã de ontem, no Hotel Serra Azul, em Gramado, o II Encontro Institucional da Magistratura do Trabalho do Rio Grande do Sul, que segue até amanhã, sábado, 20 de outubro, com 250 inscritos. O primeiro encontro foi em outubro de 2006, em Canela.
O objetivo é promover a interação para troca de experiências entre os profissionais ativos e inativos, inclusive os da corregedoria. O encontro serve ainda como curso complementar para os juízes admitidos pelo último concurso público da instituição.
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) Denis Marcelo de Lima Molarinho, referindo-se aos novos magistrados, disse que eles serão os primeiros "a terem o privilégio" de uma complementação de preparo já no início da carreira para oferecerem um melhor serviço à sociedade. Para o presidente, a Escola Judicial é importante para que se mantenha, agora de forma não mais opcional, mas por obrigação, atividades permanentes de formação continuada e de aperfeiçoamento dos magistrados para uma atuação mais qualificada. "A prestação jurisdicional se torna mais célere e qualificada", resumiu.
Para o juiz diretor da Escola Judicial do TRT-RS Flavio Portinho Sirangelo, a importância dos estudos internos através da Escola Judicial, criada através da Emenda 45 da Constituição Federal, se baseia em dois pontos: o ensino jurídico tradicional não prepara as pessoas adequadamente, sendo necessária uma complementação para os que passam nos concursos públicos e porque a dinâmica mundial da realidade globalizada exige atualização, pois a sociedade pede pessoas qualificadas e de confiança.
Tiago Mallmann Sulzbach, 29 anos, e Rodrigo Almeida Tonon, 28 anos, integram o grupo de juízes recentemente admitidos. Eles traduzem o sentimento dos que iniciam agora sua carreira jurisdicional em relação a interação e aprendizado com os mais experientes. Para eles a iniciativa da Escola Judicial em promover esses eventos é de fundamental importância para que se tornem melhores juízes, a contento da sociedade e do próprio judiciário trabalhista. "A troca de experiências e este contato é fundamental para nos tornarmos melhores juízes e até para evitar problemas futuros", resumiu Sulzbach. "A impressão inicial que estamos tendo destes encontros e desta interação é a melhor possível", acrescentou o jovem juiz Rodrigo de Almeida Tonon.