Sugestões das VTs de Cachoeirinha e Santana do Livramento são incluídas no Banco de Boas Práticas do TRT4
Dez dias após o lançamento do Banco de Boas Práticas, cinco novas sugestões já foram incluídas no sistema. A equipe responsável pelo projeto apreciou as propostas na última quinta-feira (26). Três foram aprovadas como "boas práticas" e duas, como "ideias". As ideias podem ser testadas por qualquer unidade. Caso obtenham resultados comprovados, podem passar por nova análise e serem aprovadas no sistema como boa prática.
As três novas práticas foram sugeridas pela 1ª Vara do Trabalho de Cachoeirinha e estão relacionadas a softwares que auxiliam no gerenciamento de audiências e na realização de cálculos trabalhistas. A primeira refere-se a um programa em Visual Basic, utilizado na VT desde 2006, que automatiza o agendamento de audiências e pode ser acessado por todos os computadores da secretaria. A segunda boa prática é uma rotina de computador que auxilia na anotação das pautas de audiência. Como terceira indicação, a VT sugeriu um programa que possibilita o cálculo de parcelas trabalhistas a partir da inserção da data do início e do fim do contrato, valores dos salários recebidos e data de autuação do processo. O software é utilizado em Cachoeirinha desde 2001 para calcular verbas trabalhistas como FGTS e adicionais de insalubridade e periculosidade, em audiências que resultem em acordo.
Outras duas sugestões foram incorporadas ao Banco de Boas Práticas como ideias. Uma delas, indicada pela VT de Santana do Livramento, é a reutilização de capas plásticas de processos destinados ao arquivamento. Aquelas que, devido a algum dano, não tenham condições de ser aproveitadas em um novo processo, podem, segundo a sugestão, virar "envelopes" para remessa de documentos administativos internos. Assim, substituem os envelopes em papel, diminuindo custos com impressão e aquisição de material. A medida também é ecológica, pois reaproveita capas que seriam descartadas.
A outra ideia partiu do servidor Jackson Guterres dos Santos e diz respeito à retirada de documentos de autos de processos já encerrados. Provas documentais, como cópias de dissídios, não essenciais ao processo, poderiam ser retiradas e enviadas às partes envolvidas, fazendo com que o volume fique mais leve e compacto. Essa medida otimizaria o espaço físico nos arquivos e facilitaria eventuais digitalizações dos autos.
O Banco de Boas Práticas é um ambiente virtual, acessado pela Intranet do Tribunal, que reúne experiências capazes de simplificar atos processuais ou melhorar práticas de administração das unidades judiciárias. O projeto está vinculado ao Plano Estratégico do TRT4.
Desde o lançamento do Banco, em 16 de abril, já foram registrados 2330 pesquisas no conteúdo das Boas Práticas e ideias. A página de perguntas e respostas do projeto recebeu 411 acessos. Conforme o servidor José Américo Ilha de Quadros, gestor do projeto e diretor da 27ª VT de Porto Alegre, os números são surpreendentes. "O interesse das pessoas superou nossas expectativas", afirma.