O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) será apoiador do Programa RS SeguroAbre em nova aba, desenvolvido pela Secretaria Estadual de Segurança Pública.

Criada em 2019, a iniciativa promove ações sociais nas regiões com os maiores índices de criminalidade no Estado, com o objetivo de prevenir a violência e a ocorrência de crimes.

O assunto foi tratado em reunião nessa terça-feira (19), na Presidência do TRT-RS, com o secretário executivo do programa RS Seguro, delegado Antônio Padilha. Participaram do encontro o presidente Ricardo Martins Costa, o vice-presidente Alexandre Corrêa da Cruz, a juíza auxiliar da Vice-Presidência Luciana Caringi Xavier e o diretor de Segurança Institucional, João Luiz Peixoto.

Conforme os magistrados, o TRT-RS tem o maior interesse e disposição em colaborar, por meio dos projetos que desenvolve junto a escolas gaúchas, como o “Cultura da Paz no Ambiente Escolar - Solução Adequada de Conflitos em Escolas”Abre em nova aba e o “Concurso Cultural de Direitos Humanos nas Escolas”Abre em nova aba. O Tribunal também convidará a Amatra IV para conversar sobre as possibilidades do Programa Trabalho, Justiça e CIdadaniaAbre em nova aba. A ideia é levar os projetos para as comunidades atendidas pelo RS Seguro.

O delegado Antônio Padilha agradeceu a receptividade do TRT-RS. “Todas as instituições e a iniciativa privada podem contribuir com o tema da violência e da criminalidade. Não é um tema que deve envolver apenas os órgãos de segurança pública. Normalmente, as causas antecedem a própria criminalidade. Então, quando a gente pode contar com a ajuda de todos, sobretudo na prevenção, faz todo o sentido”, comentou o secretário executivo do projeto.

O RS Seguro monitora os 497 municípios do Estado. Porém, 23 cidades concentram 49% da população, 72% dos homicídios, 90% dos roubos a pedestres e 91% dos roubos de veículos. Elas são o foco principal do projeto, que tem conseguido reduzir os indicadores de criminalidade. 

No início do programa, em 2019, a taxa de homicídios no RS superava 31 mortos por 100 mil habitantes. Em 2024, a taxa fechou em 15,4. Houve redução, também, em roubo de veículos. Em 2017, a média era de 50 casos diários no Estado e 25 em Porto Alegre. No ano passado, o número caiu para seis e dois roubos, respectivamente.

Relação com indicadores sociais

Segundo o delegado, os estudos do projeto demonstram com muita clareza a correlação entre criminalidade e indicadores sociais. As regiões com maior índice de crimes são as mais desassistidas. “A esmagadora maioria das pessoas nessas comunidades são do bem e trabalhadoras. Então, é importante que a gente possa fomentar cada vez mais as ações sociais, para previnir a violência e a criminalidade. E acho que a gente já está no caminho certo”, destacou Padilha.