Exposição "Laboratório de Experimentos Anti-Invisibilidade" entra em cartaz no Foro Trabalhista de Porto Alegre com reflexões sobre o espaço da mulher
A exposição "Laboratório de Experimentos Anti-Invisibilidade", da artista Dani Amorim, entrou em cartaz nessa quarta-feira (11/03), no Espaço Cultural Lenir Heinen do Foro Trabalhista de Porto Alegre (Av. Praia de Belas, 1432). A mostra reúne trabalhos em vídeo, fotografia e performance. Ela pode ser visitada até o dia 31 de março e integra a programação especial do TRT-RS alusiva ao Mês da MulherAbre em nova aba.
As obras da exposição foram criadas por Dani Amorim a partir de uma residência artística no 4º Distrito de Porto Alegre e foram movidas pela percepção e registro de pixações feministas gravadas nos muros da região. A artista iniciou uma série de reflexões visuais que investigam a temática da mulher e seu espaço, sua visibilidade e invisibilidade nos âmbitos público e privado, bem como o controle dos corpos femininos por agentes externos, através do objeto capa de chuva.
Na cerimônia de abertura, Dani Amorim agradeceu a oportunidade de expor seu trabalho em um local com grande circulação de pessoas e falou sobre suas motivações para a criação das obras. "As pixações que observei foram um gatilho para pensar sobre as questões do feminismo, sobre o que é ser mulher. O Brasil é um dos países com o maior índice de feminicídio no mundo. Temos que lutar por espaço no nosso ambiente de trabalho, e às vezes até dentro de casa. Esta exposição é sobre isso: a mulher e seu corpo na sociedade", declarou.
O evento contou com presença da presidente do TRT-RS, desembargadora Carmen Izabel Centena Gonzalez, que apresentou a trajetória da artista e manifestou a satisfação da Justiça do Trabalho gaúcha em receber suas obras. Também participou da cerimônia o diretor do Foro Trabalhista de Porto Alegre, juiz Edson Pecis Lerrer.
A artista
Dani Amorim é mestranda em Artes Visuais (PPGAV/UFRGS) e especialista em Poéticas Visuais (Feevale). Já participou de diversas exposições, dentre elas a individual “Segredo é trama velada”, na Galeria Voa, da Escola de Fotografia Artística, onde lecionou por dois anos. É integrante do PPPP – Programa Público de Performance Península –, com o qual participou de circuitos de performance no 32o e 33o Festivais de Arte Cidade e atualmente mantém um coletivo de arte feminista chamado La Concha.