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Publicada em: 27/09/2019 10:26. Atualizada em: 27/09/2019 20:41.

Ambientalista Lara Lutzenberger participa de evento no TRT-RS em alusão ao Dia da Árvore

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Desa. Vania, Lara Lutzenberger e Des. Lucena
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Cerimônia marcou o descerramento de uma placa referente ao plantio de nove jerivás no entorno do Tribunal.

O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) promoveu, nesta quinta-feira (26/9), a cerimônia de descerramento da placa que marca o plantio de nove jerivás no entorno do seu prédio-sede. A iniciativa faz alusão ao Dia da Árvore, celebrado no último sábado (21/9). O evento contou com a participação de Lara Lutzenberger, presidente da Fundação Gaia, entidade fundada por seu pai, José Antonio Lutzenberger, um dos ambientalistas mais renomados do Brasil. 

No seu pronunciamento, Lara Lutzenberger ressaltou que o Dia da Árvore estimula uma reflexão mais ampla sobre a causa ambiental, e comentou a situação do desmatamento na floresta amazônica. “É muito curioso pensarmos que ninguém questiona o valor de plantarmos árvores, mas, surpreendentemente, há os que questionam o valor de mantermos florestas de pé”, comentou. A ambientalista observou que a consolidação de uma floresta de grande porte requer séculos de desenvolvimento, com clima e espaço propícios. Em sua fala, mencionou que estudos científicos revelam que a floresta amazônica é crucial para a regulação do clima, especialmente o clima europeu, mas também o da região onde se localiza o chamado quadrilátero dos Andes, demarcado pela cordilheira e pelos municípios de Cuiabá, São Paulo e Porto Alegre. “Ou seja, é a região onde habitamos, e a que concentra 70% do PIB da América Latina. Isso quer dizer que, se alguém desmata a Amazônia buscando extrair fortuna para si, está contribuindo para o risco de um colapso no clima, na economia e na população de toda essa região”, explicou. Lara também manifestou sua preocupação com os problemas ambientais que afetam o Rio Grande do Sul, como a profusão de monoculturas no bioma do pampa, o uso expressivo de agrotóxicos, a contaminação urbana de afluentes e a falta de saneamento. Além disso, afirmou que considera problemática a pressão atual para a flexibilização da legislação ambiental porque, na sua visão, as propostas de alteração carecem de embasamento técnico.

No final de sua fala, Lara refletiu sobre o que pode ser feito atualmente para a preservação ambiental. “Eu entendo que não estamos mais na época dos militantes individuais, como foi o caso do meu pai. Agora é o momento das grandes mobilizações, dos movimentos de massa, da ação individual e coletiva engajada, que se soma. Mas isso também implica riscos: hoje, constantemente se percebem fake news e abordagens pretensiosas, equivocadas e simplistas. Isso compromete a eficácia do movimento como um todo. Então, deixo um apelo para que todos nós, que estamos engajados nesse tema, procuremos sempre nos orientar pelo conhecimento científico”, declarou.  A ambientalista também observou que considera de extrema importância o resgate da sabedoria ancestral e milenar dos indígenas, que têm uma consciência muito forte da nossa conexão com a natureza, e ressaltou que precisamos nos tornar mais críticos sobre os nossos padrões de consumo. “É fundamental questionarmos o que precisamos realmente consumir e o que é apenas tentação, que acabará virando fonte de stress e lixo”, afirmou. Lara concluiu seu pronunciamento elogiando a Justiça do Trabalho gaúcha pela iniciativa simbólica do plantio das mudas de árvores. “A luta ambiental é a luta por mais qualidade e melhores condições de vida. Desejo que esse jerivás plantados alcancem o tamanho dos nossos sonhos”, concluiu.

Na abertura do evento, a presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, declarou que é fundamental a conscientização e a efetiva preservação do meio ambiente. A magistrada elogiou a trajetória de José Antonio Lutzenberger, falecido em 2002, e mencionou diversas condecorações internacionais que o ambientalista gaúcho recebeu ao longo de sua vida, incluindo o Prêmio Nobel Alternativo de 1988, na Suécia. “A conscientização coletiva, e tudo o que é feito para a proteção das florestas, na verdade é feito por nós e também pelas gerações futuras”, declarou a presidente. O coordenador da Comissão de Cultura do TRT-RS, desembargador João Paulo Lucena, observou que a Justiça do Trabalho é um ramo do Judiciário com natureza essencialmente social. “O plantio desses nove jerivás é simbólico e demonstra nossa preocupação com o local onde vivemos”, afirmou. A cerimônia também contou com a presença do vice-presidente do TRT-RS, desembargador Ricardo Carvalho Fraga. 

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Fonte: Texto de Guilherme Villa Verde e fotos de Inácio do Canto (Secom/TRT4)
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