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Publicada em: 08/08/2019 10:27. Atualizada em: 08/08/2019 17:17.

Exposição "Retomada Yvyrupá", de Ana Barros, é inaugurada no Foro Trabalhista de Porto Alegre

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08---Exposição-Retomada-Yvirupá.jpgPés descalços, violão e chocalhos nas mãos. Foi assim que o coral da aldeia Mbyá-Guarani, da cidade de Maquiné, se apresentou para aqueles que acompanhavam a cerimônia de abertura da exposição “Retomada Yvyrupá”, nessa quarta-feira (7), no Foro Trabalhista de Porto Alegre (Avenida Praia de Belas, 1432). “Nós temos o dever de apoiar os povos originários dessa terra na retomada de suas vidas”, afirmou a jornalista Ana Barros, organizadora da mostra. Esse dever de apoiar é, segundo ela, o principal motivo da exposição que traz imagens da cultura e do território de povos indígenas. Além de Ana, também participaram da cerimônia a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), desembargadora Vania Cunha Mattos, a representante da Comissão de Cultura do TRT-RS, servidora Milene Tafra de Fontoura, e o Cacique André Benites, representando o povo Mbyá-Guarani.

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Em sua fala, Vania afirmou que a cultura e a sabedoria dos povos indígenas não devem apenas ser preservadas, mas respeitadas. “Eles estavam aqui muito antes de qualquer outra pessoa chegar”, lembrou a presidente. Milene agradeceu o incentivo da Presidência na realização da exposição e afirmou que o espaço cedido pelo TRT-RS para a mostra não tem importância somente local, mas global. “A questão dos guaranis, que são guardiões da terra, pra mim é uma questão planetária”, justificou a servidora. “Eles sabem se relacionar com a natureza e têm muito o que nos ensinar”, frisou.

Para Ana Barros, é muito relevante um espaço com grande fluxo diário de pessoas, como é o caso do Foro Trabalhista de Porto Alegre, receber uma exposição como esta. “Quando me falaram que aqui passam seis mil pessoas por dia, eu disse assim: 'esse é o lugar onde precisamos fazer [a exposição]'”, lembrou a fotógrafa. Ana – que é chamada de “repórter da retomada” – ainda explicou o significado do termo: “A retomada de um território. A retomada de uma terra que tem vida, que tem pássaros, que tem água, que tem terra pra plantar. Significa retomar a ancestralidade de um povo que vivia aqui com tranquilidade e foi sendo dizimado”.

O cacique Mbyá-Guarani André Benites lembrou dos mais de 300 povos indígenas que sofreram e sofrem, até hoje, no Brasil. “A gente não tem culpa por estar tentando defender território”, afirmou o cacique, “porque nós fomos criados para cuidar da natureza”, continuou. “A nossa luta, principalmente a retomada, é pela retomada da vida”, concluiu.

A exposição ficará em cartaz no Foro Trabalhista de Porto Alegre até 30 de agosto. Ela pode ser visitada de segunda a sexta, das 10h às 18h.

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Fonte: Leonardo Fidelix (Secom/TRT4). Fotos: Inácio do Canto
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