Ação de conscientização sobre trabalho infantil marca jogo do Internacional em Porto Alegre
Antes do início da partida entre Internacional e São Paulo neste domingo (14/10), integrantes da Justiça do Trabalho distribuíram no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, material informativo sobre os malefícios do trabalho infantil. Panfletos e cataventos – símbolo da campanha mundial a respeito do tema – foram entregues aos torcedores que foram assistir ao jogo. No gramado, circulou uma faixa com mensagem de combate ao trabalho infantil, e os atletas foram acompanhados por crianças vestidas com camisetas da campanha ao entrarem em campo. Esclarecimentos adicionais foram exibidos nos telões do estádio.
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Ações de conscientização contra o trabalho infantil estão sendo promovidas em jogos da dupla Gre-Nal em Porto Alegre, neste mês de outubro, no qual celebra-se o Dia da Criança. No próprio dia 12 de outubro, uma faixa com mensagem de combate também entrou em campo na partida entre Juventude e Goiás, no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. As atividades serão repetidas no dia 27, no jogo entre Grêmio e Sport Recife, na Arena.
Engajamento
As ações são fruto de parceria firmada por representantes do TRT-RS e da Associação de Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região (Amatra IV) com dirigentes do Internacional e do Grêmio. A organização das atividades está a cargo dos gestores regionais do Programa Nacional de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, e do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania, da Associação Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho.
Trabalho Infantil
Atualmente, conforme o IBGE, 2,5 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalham no Brasil. A legislação proíbe o trabalho para menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14. Até os 18, é vetado o trabalho em atividades noturnas e perigosas. Porém, a maior parte dos jovens de 14 a 17 anos ocupados está em situação irregular de trabalho.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no mundo, 73 milhões de menores de idade trabalham em ocupações perigosas, como agricultura, mineração, construção civil e fábricas com condições precárias. O número representa quase metade dos 152 milhões de jovens que têm entre cinco e 17 anos de idade e estão envolvidos em alguma atividade produtiva.