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Publicada em: 16/08/2012 00:00. Atualizada em: 16/08/2012 00:00.

Entrevista: Hugo Carlos Scheuermann, ministro do Tribunal Superior do Trabalho

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O ministro Hugo Carlos Scheuermann completa, nesta quinta-feira (16), um mês de atuação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). No próximo dia 22, às 17h, o magistrado oriundo do TRT da 4ª Região toma posse em sessão solene, no plenário do TST – a posse em gabinete aconteceu em 16 de julho. Na ocasião, também assumiu o cargo de ministro o desembargador Alexandre Agra Belmonte, do TRT da 2ª Região (RJ).

Scheuermann ingressou no TST na vaga da ministra Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, também oriunda do TRT4, que foi nomeada ministra do Supremo Tribunal Federal. Único representante da 4ª Região na Corte, ele atua na Primeira Turma e na Subseção 2 da Seção Especializada em Dissídios Individuais, órgão que aprecia mandados de segurança e ações rescisórias. Para julgar o grande volume de processos, o ministro conta com o suporte de uma equipe de 34 integrantes, entre chefe de gabinete, assessores, assistentes e estagiários. Uma das assessoras veio do gabinete do TRT4, a servidora Gisela Silvestrin Martinenghi.

Na tarde da última segunda-feira, o ministro concedeu, em seu gabinete, uma breve entrevista ao site do TRT4. Confira:

Como foram esses primeiros dias no TST?

No início, o desafio é maior, pois se trata de um estágio de conhecimento do sistema e do próprio funcionamento organizacional da Corte. Tenho que passar por esse estágio para encontrar o ponto de equilíbrio fundamental para uma rotina consistente de trabalho. Embora eu já tivesse a experiência de uma convocação no ano passado, agora, como ministro e à frente de um gabinete próprio, tenho seguramente novidades e prioridades para considerar e agir.

Como sabem, assumi no dia 16 de julho, com a posse em gabinete. Imediatamente recebi 7.960 processos, acervo da cadeira ocupada. Além desses, há uma distribuição diária de aproximadamente 40 processos. Conforme a Resolução 484/2012 da Presidência do TST, receberei 10% a mais de recursos de revista (RR) e 15% a mais de agravos de instrumento em recursos de revista (AIRR) do que a distribuição normal, até atingir a marca de 10.166 processos de Turma e um pouco mais do que 200 processos da Seção Especializada. Até o momento, em duas sessões de cada órgão julgador, já levei para julgamento 180 processos na 1ª Turma e nove na 2ª SBDI.  Pelos números, já se observa que o desafio é grande, mas conto com uma excelente equipe de servidores, com a qual tive receptividade e sinergia para juntos traçarmos planos de ação e de metas, os quais iremos aprimorar e adaptar ao longo dos desafios que surgirem. Não pouparemos esforços e bons ofícios para a concretização da pacificação das relações sociais com qualidade e da realização da Justiça como valor humano supremo.

Como foi a receptividade dos ministros e servidores?

Não poderia ter sido melhor. Eu e o ministro Alexandre estamos sendo muito bem recebidos pelos colegas ministros e servidores das áreas administrativas e judiciárias. Temos todo o apoio para desenvolver nosso trabalho, principalmente nesse período de aprendizagem em relação ao sistema e ao fluxograma dos processos.

Qual a expectativa para a sessão solene da próxima quarta-feira?

É um ato importante, solene, o coroamento profissional de uma etapa de consolidação das bases pessoais e profissionais adquiridas no curso da vida e o início de uma nova fase com a qual me sinto muito comprometido, dedicado e entusiasmado. Lembro dos momentos igualmente importantes para chegar à posse solene. Primeiro, a indicação em lista tríplice; depois, a indicação do Executivo, a sabatina e a aprovação no Senado, a nomeação pela presidente da República e a posse em gabinete. Se esses momentos já foram emocionantes, sinto que o que me reserva maior emoção é a solenidade de posse perante o Tribunal Pleno do TST. Estou com uma expectativa muito grande, por se tratar de uma solenidade formal em que realmente tudo será sacramentado, especialmente pela presença dos familiares, dos colegas, dos profissionais amigos e dos amigos do Rio Grande do Sul. A presença gaúcha fará a diferença em meu coração, pois sempre faço questão de enaltecer a importância que os meus colegas e o meu Tribunal têm para mim, por todo o apoio e atenção que demonstraram ao longo da minha trajetória.

O senhor tem uma bandeira do Rio Grande do Sul no gabinete. Isso é um hábito dos ministros ou é uma maneira de lembrar a origem gaúcha?

Não sei em relação a outros gabinetes, mas coloquei esta bandeira porque ela tem um significado muito grande para mim. Além de marcar a presença do Rio Grande do Sul aqui no TST, ela é um presente dos funcionários do meu gabinete no TRT4, uma demonstração de carinho do pessoal que fez parte da minha equipe, o que me remete à lembrança de um caminho de vitórias. Olhar para a bandeira gaúcha me inspira e transmite sentimentos de grandes valores morais e sociais. 


O senhor já está adaptado em Brasília?

A adaptação sempre demanda um período, mas estou me sentindo muito bem. Já estou morando aqui. O clima é diferente, não há previsão de chuva até final de setembro e a baixa umidade do ar incomoda um pouco até nos acostumarmos. Mas, de resto está tudo muito bem. Estou feliz.

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Fonte: Gabriel Borges Fortes (Secom/TRT4). Foto: Aldo Dias (TST)
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