Peça teatral e palestra sobre psicologia e magistratura encerram 1ª Sipat do TRT da 4ª Região
A 1ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat) da Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul encerrou-se na tarde desta sexta-feira (26/4). Comoúltimas atividades realizadas na Escola Judicial, servidores e magistrados assistiram à palestra "Psicologia e prestação jurisdicional: o juiz e a emoção", da psicóloga, doutora em Direito e professora da USP, Lídia Reis de Almeida Prado, além de uma peça da Oficina de Improvisação Teatral do TRT4. A Sipat contou com palestras e outras ações relacionadas à prevenção de acidentes e doenças do trabalho em várias unidades da Justiça trabalhista gaúcha.
Em sua exposição, realizada no auditório Ruy Cirne Lima do Foro Trabalhista de Porto Alegre, Lídia Reis de Almeida Prado fez um relato histórico sobre as formas de representação utilizadas pelo homem, desde o pensamento mítico até a racionalidade contemporânea. A partir de conceitos ligados à psicologia, a professora também citou alguns arquétipos utilizados comumente pelas pessoas em sociedade.
Para a psicóloga, o arquétipo mais identificado com a figura do juiz é o "animus - anima", ou seja, a junção entre racionalidade e sensibilidade. Em seu trabalho o juiz, conforme a professora, precisa fazer uso dessas duas "propriedades",, sendo que uma não exclui a outra. "Não é porque é juiz que não pode ser brincalhão, ter ludicidade", exemplificou. A psicóloga também citou casos de decisões judiciais em que houve exacerbamento de emoções e que demonstram o quanto o arquétipo de juiz é pesado e pode gerar distorções de ordem pessoal ao magistrado e para os seus jurisdicionados.
Diversão e saúde
No fechamento da 1ª Sipat, os atores Alexandre Modesto Farias e Luciani Fontoura de Campos, também servidores do TRT4, encenaram uma peça teatral sobre a convivência em uma Vara do Trabalho. Eles fazem parte da Oficina de Improvisação Teatral do Tribunal, aberta a todos os servidores interessados em atuar.
Em tom irônico e divertido, os servidores representaram dois colegas (Genésio e Clotilde) que, no cotidiano do trabalho, apresentavam alguns conflitos (quanto à temperatura do ar condicionado, ao fato dele viver espirrando e falando demais, por exemplo). Com a possibilidade de mudança de Clotilde para outra unidade judiciária, entretanto, eles se descobriram apaixonados e até casaram. Segundo modesto, que é coordenador da Oficina de Improvisação Teatral, a peça se insere no contexto da Sipat porque, no seu ponto de vista, divertir-se com o trabalho também é uma atitude saudável e que previne doenças.