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Publicada em: 30/10/2013 00:00. Atualizada em: 30/10/2013 00:00.

Ao final do Outubro Rosa, desembargadora do TRT4 fala sobre sua luta contra o câncer de mama

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  Na entrevista abaixo, a desembargadora Vania Mattos, do TRT da 4ª Região, comenta a campanha Outubro Rosa e dá seu depoimento sobre a luta contra o câncer de mama. 

Qual é sua opinião sobre a campanha Outubro Rosa?

   Eu dei toda força para deixarem o site do TRT4 rosa, para que nossa instituição se incorporasse a essa campanha. Acho importante, em primeiro lugar, que se divulgue a importância da prevenção. Mas há outro ponto que gostaria de ressaltar, relacionado com minha experiência pessoal.

   Estou saindo de um extenso tratamento de câncer de mama. Por isso resolvi dar esse depoimento. Quero alertar as pessoas para o fato de que, mesmo no caso de haver o diagnóstico, é possível encarar e superar a doença. Se a pessoa tiver a doença, como eu tive, não pode desanimar. Deve procurar o tratamento adequado, fazer tudo o que é necessário. Eu fiz radioterapia, quimioterapia, e agora tomo remédios.

 

É importante manter o otimismo?

   Sim. A verdade é que não se pode entrar num processo depressivo. A depressão prejudica inclusive o tratamento médico. Quando se entra num processo depressivo o tratamento médico não funciona.

   Na minha opinião, um dos fatores para ajudar no tratamento e na cura é a pessoa procurar manter suas atividades normais. Eu não me afastei do Tribunal, embora meu médico entendesse que seria interessante. Mantive minhas atividades. Não só as de trabalho, mas também as sociais. 

   Continuei fazendo viagens e tirando fotografias, que é o meu hobby. Ou seja, a minha vida não sofreu maiores alterações em razão da doença, que entendo como já liquidada.

 

Como a senhora vê a adesão das pessoas e instituições à campanha?

   A adesão se dá por atos simples, mas que representam muito. É o caso do site do TRT4. Qual é a dificuldade de mantê-lo rosa durante todo o mês? Essa campanha é importantíssima. Principalmente no nosso Tribunal, que tem uma quantidade imensa de mulheres, entre magistradas e servidoras. As servidoras mulheres representam quase 50% do total, é um contingente muito grande.

   Estava vendo no portal Vox as fotos dos servidores que aderiram à campanha, foram trabalhar vestidos de rosa. E também a imagem da Vara do Trabalho de Santana do Livramento iluminada. Achei muito bonito. Aqui em Porto Alegre ocorreu o mesmo em vários lugares, todos os Poderes participaram. Há um forte engajamento das pessoas.

   O Instituto da Mama (Imama) faz um trabalho muito interessante. Até já me convidou para fazer palestras. Não vou por absoluta falta de tempo. Mas quando tiver tempo, irei. Porque acho que esses depoimentos positivos ajudam as pessoas. Depoimentos sobre como se deve encarar uma doença desse nível.

 

A força de superação, nesse caso, é individual?

   Existe a força individual, mas também a coletiva. Aqui no Tribunal tive todo o apoio que precisei. Em especial o da presidente Maria Helena Mallmann. É alguém que eu gostaria de destacar nesta entrevista. Ela foi a primeira a me dar um apoio pessoal e direto. Outra pessoa importante foi o des. João Ghisleni Filho, presidente da Seção Especializada em Execução. Ele também foi bastante solidário comigo.

  Além deles houve o apoio geral dos colegas. Cria-se uma rede de proteção, que inclui a família e os amigos. Eu tive o apoio coletivo para manter minhas sessões e seguir trabalhando.

   Quero deixar no meu depoimento uma mensagem positiva: é possível superar essa doença. A gente não pode desanimar, não pode encarar o diagnóstico como uma sentença de morte. Muitas pessoas passaram por esse problema e se curaram. É preciso acreditar na superação, porque ela é possível. 


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