Presidente Martins Costa fala sobre a importância das conciliações e da atuação dos prepostos de empresas em evento da FIERGS

O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), desembargador Ricardo Martins Costa, participou como painelista do "IEL Talks", uma live temática oferecida pelo Instituto Euvaldo Lodi, da Federação das Indústrias no Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Com o tema "A Importância da Conciliação e o Papel do Preposto na Justiça do Trabalho", a atividade ocorreu na manhã desta quinta-feira (25) e serviu como início de uma capacitação extensa de prepostos para atuarem em processos no Judiciário Trabalhista. Na ocasião, Martins Costa esteve acompanhado do também painelista Eugênio Hainzenreder Júnior, advogado e professor. A mediação ficou a cargo de Guilherme Scozziero, diretor do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Ciergs).
Em sua participação, o desembargador reforçou que a conciliação é o "DNA" da Justiça do Trabalho e pode ocorrer em diferentes momentos da tramitação dos processos. O magistrado também mencionou alterações históricas ocorridas na Justiça do Trabalho e que levaram ao atual estágio das conciliações, realizadas a partir de longa capacitação oferecida a servidores e magistrados. "Estamos resgatando, agora com muito mais técnica, o que foi o embrião da Justiça do Trabalho. Toda a estrutura do Processo do Trabalho e a própria razão de ser da Justiça do Trabalho é a pacificação", afirmou.
Quanto à importância dos prepostos, Martins Costa frisou que eles são os representantes das empresas nas audiências e, portanto, precisam conhecer os detalhes dos processos, além de terem conhecimentos básicos sobre Direito do Trabalho. "Se a atuação de um preposto for ruim, isso pode gerar nulidades ou confissões prejudiciais à empresa", exemplificou.
Na mesma direção, o advogado Eugênio Hainzenreder destacou a iniciativa da Justiça do Trabalho em capacitar juízes e servidores para as conciliações e afirmou que os prepostos, representantes de uma das partes nos processos, também precisam estar preparados para esse tipo de negociação.