Enchentes também impactaram integrantes da Justiça do Trabalho gaúcha
As enchentes que castigam o Rio Grande do Sul também atingiram o quadro de pessoal da Justiça do Trabalho gaúcha. Diversos magistrados, servidores, estagiários e trabalhadores terceirizados precisaram abandonar suas casas e tiveram prejuízos materiais e humanos devido às chuvas.
O levantamento das pessoas atingidas iniciou logo em 6 de maio, a partir da Presidência do Tribunal. A Diretoria-Geral, a Secretaria de Gestão de Pessoas e os gestores das unidades judiciárias e administrativas se mobilizaram na busca por informações sobre as situações dos colegas.
Uma vez estabelecida a comunicação, a equipe buscou detalhar as necessidades da vítima da enchente. Perguntou-se onde a pessoa estava e quais eram suas condições de segurança, saúde, alimentação, emocionais e materiais.
Na maioria dos casos, foi descrito um quadro de acolhimento, em que alguns dos afetados já estavam conseguindo inclusive atuar como voluntários na ajuda de quem ainda estava em situação de emergência, mesmos cientes das suas perdas materiais.
A Secretaria de Saúde está com todos os seus médicos prestando atendimento telepresencial para essas vítimas. Orientações e tratamento profilático para a leptospirose e outras doenças são uma ocorrência frequente das consultas, assim como a prescrição de medicamentos controlados que foram perdidos. O suporte psicológico remoto também está sendo feito, inclusive com a colaboração de profissionais de outros três TRTs.
A equipe de apoio do TRT-4 também esteve e continua de prontidão para o resgate de pessoas ilhadas. Desde o início das enchentes, já foram feitos diversos resgates, em que a equipe também indicou formas viáveis de se obter água, alimentos, roupas e outros bens de primeira necessidade.
Além das pessoas que tiveram prejuízos em seus lares, a maior parte do quadro funcional teve problemas de fornecimento de água e energia elétrica, o que impactou e continua impactando no trabalho na instituição. As dinâmicas familiares também se alteraram nesse período e provocaram necessidades de mudanças no andamento das atividades.
Por outro lado, o impacto entre os trabalhadores terceirizados foi bastante significativo, o que também influenciou no funcionamento dos prédios da Justiça do Trabalho em todo o Estado, comprometendo, em muitos casos, serviços essenciais como limpeza e manutenção.
Atendimento e funcionamento mantidos
Mesmo com a situação de calamidade, que ainda persiste no Estado, a Justiça do Trabalho seguiu e segue atendendo ao público, por e-mail e balcão virtual, no horário das 10h às 16h. Fora desse horário, o contato deve ser feito pelos celulares do plantão.
Com prazos e atos judiciais suspensos até 31 de maio, a instituição também tem atendido procedimentos urgentes, desde o início da enchente. As suspensões estão determinadas pela Portaria nº 1833/2024Abre em nova aba e o TRT-4 trabalha, cotidianamente, para que o atendimento presencial e os atos judiciais possam voltar a ocorrer de maneira regular.