Conematra: inovação e sistema de gestão são temas de oficinas da tarde para magistrados e servidores da Justiça do Trabalho
Magistrados dos tribunais regionais do Trabalho (TRTs) participaram, na tarde desta quinta-feira (09/3), de uma oficina sobre “inovação e o papel das escolas judiciais”. Já a oficina voltada aos servidores das instituições da justiça trabalhista tratou do Sistema de Gestão de Escolas Judiciais (EjudTRT). As ações integram a 72ª reunião do Conselho Nacional de Escolas Judiciais da Magistratura do Trabalho (Conematra), que acontece em Gramado até amanhã (10/3).
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No encontro com magistrados, a desembargadora do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Salise Sanchotene, destacou que o Poder Judiciário tem estabelecido um marco regulatório sobre o tema da inovação, em acordo com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Contudo, afirmou ser necessário avançar para a efetivação das ações de inovação dentro das instituições. “Precisamos ver a inovação de forma horizontal, com a participação dos servidores”, disse. Um dos desafios é formar e capacitar laboratoristas de inovação.

Uma das metas do Judiciário é a criação de laboratórios de inovação em todos os TRTs. Para Salise, é vital a participação das escolas judiciais da Justiça do Trabalho (Ejuds) nesse processo. “São espaços de produção de conhecimento. Os laboratórios de inovação e as escolas judiciais se complementam”, apontou. Para ela, incentivar a inovação é buscar soluções para problemas difíceis de formas diferentes.
Salise ainda destacou a criação da plataforma RenovaJud. A ferramenta do CNJ busca integrar todos os laboratórios de inovação com o objetivo de promover a troca de experiências e a transparência das ações e projetos em andamento. Na atividade, os magistrados participaram de dinâmicas para avaliar temas como cultura organizacional.
EjudTRT

A oficina com servidores foi direcionada ao Sistema de Gestão de Escolas Judiciais. O ambiente virtual foi criado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (MS). Desde 2021, é desenvolvido e aprimorado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS). A iniciativa buscou detalhar o funcionamento do EJud e estimular o seu uso pelos demais tribunais do trabalho do país.
“Nosso objetivo é mostrar a robustez que o sistema está. Nem todas as escolas judiciais ainda usam o EJud. O sistema está diferente, foi melhorado”, disse Beatriz Marcante Flores, servidora do TRT-4, que faz parte da equipe que desenvolve o sistema. O programa é voltado para a gestão administrativa.
Por meio do sistema Ejud, as escolas podem realizar, entre outras tarefas, o planejamento pedagógico, o controle da execução orçamentária, o cadastramento e a classificação dos cursos que oferecem, a seleção do público-alvo e a abertura programada de inscrições. Também é possível realizar a aferição de frequências, as avaliações de reação e aprendizagem, a expedição de certificados e a extração de relatórios.