Trabalhadores e Companhia Riograndense de Mineração entram em acordo após mediação do TRT-4
Nessa terça-feira (12), o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) deu prosseguimento, presencialmente e por videoconferência, às negociações entre os sindicatos de trabalhadores e a Companhia Riograndense de Mineração (CRM). A audiência foi dirigida pelo vice-presidente do Tribunal, desembargador Ricardo Hofmeister de Almeida Martins Costa. O Ministério Público do Trabalho (MPT-RS) foi representado pelo procurador regional Marcelo Goulart.
Após debates e consenso sobre as propostas, o acordo coletivo será formalizado contendo, entre outras, as seguintes disposições:
- Reposição salarial de 12,46%. O pagamento será de forma escalonada: 6% incidentes sobre os salários devidos em 30/4/2022, 3,2% em agosto, incidente sobre o salário do mês de julho, e 2,8% em novembro, incidente sobre o salário do mês de outubro.
- Manutenção das demais cláusulas apresentadas em maio, com repercussão dos índices de reposição em todas as cláusulas econômicas. Entre elas, há a concessão de auxílio-refeição (R$ 966,68) e auxílio-rancho (R$ 733,26), ambos a partir da data-base, fixada em 1º/5.
Negociação pré-processual
Os representantes das entidades e instituições ressaltaram a importância das mediações.
A advogada representante do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração e Beneficiamento de Minerais de Candiota, Elis Regina Saraiva Ferreira, avaliou a atuação do TRT-4 como de excelência. “Saímos daqui imensamente felizes, pela condução do trabalho, pelo Tribunal e pelo Ministério Público do Trabalho, e retornamos inteiramente satisfeitos com o acordo coletivo fechado.
O representante do Grupo de Assessoramento do Especial do Estado do Rio Grande do Sul (GAE), Cláudio Odair Cláudio Kühne, considera que a Justiça do Trabalho é importantíssima neste momento de discussão entre as categorias. “Há um esforço técnico muito grande para fazer o melhor, com a maior seriedade possível”, afirmou.
O diretor administrativo da Companhia Riograndense de Mineração (CRM/Candiota), João Batista Rodrigues, elogiou a atuação de todos os envolvidos, agradecendo especialmente ao TRT-4, MPT, GAE e sindicatos. “A decisão foi construída ao longo do tempo com a participação efetiva e fundamental do dr. Cláudio (representante do GAE). Agradeço também a compreensão dos representantes sindicais, que sempre atuaram com muito respeito e diálogo nas reivindicações”, declarou.
Também estiveram presentes representantes do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul (Senge-RS) e do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração de Carvão, Ouro, Calcário, Cal e Barro da Região Centro Sul do Estado do RS.
