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Publicada em: 21/06/2022 20:56. Atualizada em: 22/06/2022 12:18.

Trabalho híbrido e Justiça 4.0 foram temas de palestras no primeiro dia da Reunião do Coleprecor no TRT-4

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O primeiro dia da 5ª Reunião Ordinária do Coleprecor em Porto Alegre, nesta terça-feira (21/6), contou com palestras sobre o futuro dos modelos de trabalho e a Justiça 4.0. As exposições ocorreram no Plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), nesta terça-feira (21/6), após as falas de abertura do evento. A promagação também abriu espaço para falas de representantes da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região. O evento reúne presidentes e corregedores dos 24 TRTs do país.

Tiago Alves é branco, usa um blusa escura sobre camisa social e fala ao microfone gesticulando
Tiago Alves

Na primeira palestra, o economista e CEO da Regus & Spaces do Brasil, Tiago Alves, autor do livro "Nem Home Nem Office”, destacou que o hibridismo nas relações de trabalho é uma forte tendência. O palestrante afirmou que, após as revoluções tecnológicas, a próxima grande revolução será a da sociedade. Isso implica uma mudança na percepção sobre o que é uma boa carreira e sobre a forma pela qual as equipes devem se relacionar. "Quando o trabalho é colaborativo e compartilhado, tende a ser muito mais produtivo", analisou.

Tiago Alves observou que o home office pode ter trazido ganhos de qualidade de vida, gerando mais disponibilidade de tempo. Mas ponderou que ele também pode ter gerado problemas de saúde mental e sobrecarga de trabalho. Também ressaltou que a experiência do home office não foi a mesma para todos. "No Brasil, temos um grande abismo digital: apenas 20% dos brasileiros possuem internet de qualidade em casa", informou. 

Ao longo da exposição, defendeu que o modelo híbrido, com parte do trabalho realizado remotamente e parte presencialmente, é o que tende a prevalecer. Assim apareceriam os benefícios do trabalho presencial, como a maior conexão entre as pessoas, e os do remoto, como a flexibilidade de jornada. Além disso, o formato ajudaria a reduzir custos e seria mais inclusivo —  facilitando, por exemplo, a atividade de pessoas com deficiência. Os desafios para empresas e órgãos públicos ao adotar o modelo híbrido, segundo o palestrante, incluem o uso de ferramentas adequadas de gestão. Os profissionais do futuro também precisarão se adaptar, e nesse aspecto o palestrante mencionou a necessidade de "microtreinamentos". "Ninguém mais quer esperar dois anos para ter um diploma, as pessoas querem em dois meses ter o conhecimento sobre determinada atividade e já partir para a próxima. E as empresas devem estar prontas para oferecer esses treinamentos", declarou. 

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Justiça 4.0

Firmo Ferreira Leal é branco, usa terno escuro e camisa social branca e gravata preto e branco. fala ao microfone.
Firmo Ferreira Leal Neto

A atividade seguinte da 5ª Reunião Ordinária do Coleprecor apresentou um debate sobre a implementação dos Núcleos de Justiça 4.0 no âmbito do Judiciário Trabalhista. Para falar sobre o tema, esteve presente o juiz-auxiliar da Presidência do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), Firmo Ferreira Leal Neto.

Os Núcleos de Justiça 4.0 foram regulamentados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2021 e têm como principal diferencial o funcionamento totalmente virtual, com execução de atos processuais de forma digital. No debate, o magistrado analisou as diretrizes estabelecidas pelo CNJ no contexto da Justiça do Trabalho. O juiz trouxe tópicos que estão sendo discutidos em diversos Tribunais quanto à implementação dos Núcleos. Como exemplos, citou questões como a competência ampliada, o número de juízes integrantes dos Núcleos e os critérios de escolha desses magistrados, cumulação de jurisdição, dentre outras.

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Amatra IV

Tiago Sulzbach é branco, grisalho, usa terno escuro e blusão cinza. Fala ao microfone.
Tiago Mallmann Sulzbach

No espaço destinado à Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região (Amatra IV), os juízes do Trabalho Tiago Mallmann Sulzbach, atual presidente da entidade, e Márcio Lima do Amaral, presidente eleito, falaram sobre a atuação conjunta entre a instituição e o Tribunal, no sentido de fortalecer a Justiça do Trabalho.

Segundo Sulzbach, sua experiência como presidente da Amatra IV demonstrou que, quando as associações de classe e os tribunais andam juntos, conseguem chegar mais longe. "Nesse 2022 em que vemos ataques ao STF, com uma PEC prevendo a revisão de decisões não unânimes do Supremo, precisamos estar mais unidos do que nunca", avaliou. "Dizem que mares calmos não formam bons marinheiros. Nesse ano, teremos uma tempestade. Parece ser um convite a reforçarmos nosso juramento de cumprir a Constituição e as nossas leis", concluiu.

Márcio Lima do Amaral e branco, usa terno escuro, camisa azul escura e gravata com listras em azul e branco. fala ao microfone.
Márcio Lima do Amaral

Na mesma direção, o juiz Márcio Lima do Amaral destacou algumas das iniciativas em que a Amatra atua em conjunto com o TRT-4. Dentre elas, a participação da entidade em comitês e comissões temáticas do Tribunal, a colaboração na produção do normativo sobre promoções de magistrados e a recente mobilização relacionada à extinção de Varas do Trabalho no Rio Grande do Sul. "Sou testemunha dessa caminhada conjunta entre a Amatra e as administrações do Tribunal. Essa participação também nos traz responsabilidade, já que compartilhamos decisões", destacou.

Programação 

As atividades do primeiro dia da Reunião Ordinária do Coleprecor no TRT-4 foram encerradas com uma apresentação artística do humorista Jair Kobe (Guri de Uruguaiana). A programação da reunião continua na quarta-feira (22/6), com uma dinâmica entre os presidente e corregedores sobre os desafios e oportunidades para a Justiça do Trabalho. A seguir, a presidente do TRT da 14ª Região (RO/AC) e conselheira do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), desembargadora Maria Cesarineide de Souza Lima, encerrará a programação do encontro com uma abordagem sobre o tema: "Justiça do Trabalho Presente: Uma política pública de ampliação do acesso à justiça".

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Fonte: textos de Juliano Machado e Guilherme Villa Verde, fotos de Érico Tlaija Ramos, Bárbara Frank e Carlos Eduardo Rodrigues (Secom/TRT-4)
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