Inclusão de pessoas com deficiência no setor público e privado também foi pauta do seminário "Conexão PcD"
A programação da tarde do seminário “Conexão PcD”, realizado nessa terça-feira (17/9), no Plenário Milton Varela Dutra, tratou sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mundo do trabalho.
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O primeiro painel, “Inclusão no Setor Público: Oportunidades, Desafios e Conquistas”, foi mediado pela juíza Lúcia Rodrigues de Matos, coordenadora do Comitê Gestor de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade, e reuniu os servidores do TRT-RS Renata Covalski Geraldo, Juliana Peracini da Costa e Juliano Machado dos Santos.
Entre os principais pontos discutidos estiveram o combate ao capacitismo, a transformação de políticas inclusivas em práticas concretas e a acessibilidade como condição de dignidade no serviço público. Também foi ressaltado que a remoção de barreiras vai além do cumprimento de cotas, exigindo uma mudança de postura e uma nova forma de compreender e acolher a diversidade. Os participantes relataram experiências positivas ao ingressar na Justiça do Trabalho, apontando avanços institucionais, mas lembrando que ainda há desafios a enfrentar.
Renata, que é assistente do desembargador Marcelo José Ferlin D’Ambroso, enfatizou que pessoas com deficiência ainda convivem com invisibilidade no dia a dia e chamou atenção para as diferentes formas de capacitismo ainda presentes em ambientes corporativos.
Assessora jurídica da Diretoria-Geral, Juliana destacou a acessibilidade como requisito essencial para garantir dignidade, ressaltando que os avanços institucionais precisam caminhar lado a lado com mudanças culturais.
Encerrando o painel, Juliano, diretor da Secretaria de Comunicação Social, lembrou das dificuldades enfrentadas em provas de concursos pouco acessíveis e destacou a importância da representatividade em cargos de liderança: “Muitas vezes somos levados a acreditar que não podemos ocupar cargos de liderança. Tenho muito orgulho de representar mais um ineditismo no TRT”, afirmou.
Na sequência, o público foi surpreendido pela apresentação do grupo de dança gaúcha “Apaexone-se”, da Apae de Santa Cruz do Sul. Formado por pessoas com deficiência, o grupo utiliza manifestações culturais para desenvolver habilidades, promover inclusão social e fortalecer a autoestima.
O segundo painel, “Inclusão na Iniciativa Privada: Diversidade que Gera Resultados”, foi mediado pelo desembargador Cláudio Antônio Cassou Barbosa e contou com os painelistas Evandro Cardoso Josefino e Liliane Valls.
Técnico agrícola, Evandro compartilhou sua experiência de reinserção no mercado de trabalho após um acidente. Sua trajetória em cooperativas agrícolas mostrou como ajustes de infraestrutura e reconhecimento de potencial podem transformar carreiras. “Diversidade é convidar para a festa, e inclusão é chamar para dançar. Não basta ter a vaga, é preciso oferecer condições para que a pessoa com deficiência exerça sua excelência”, destacou.
Por fim, Liliane, que é diretora do Senac Comunidade, apresentou as medidas adotadas na instituição desde 2015 para promover a educação inclusiva, como laboratórios de aprendizagem, apoio psicológico e acompanhamento especializado. Em sua fala, ela destacou que a diversidade exige integração, apoio e visão para gerar resultados efetivos.
Assista no Youtube à programação da tarde do Seminário "Conexão PcD".