Exposição “O que permanece em movimento” é aberta oficialmente no Foro Trabalhista de Porto Alegre
Na terça-feira (13/5), foi realizada a cerimônia de abertura da exposição “O que permanece em movimento”, do Grupo Devir, formado pelas artistas-pesquisadoras Carmen Sansone, Claudia Maldonado e Stela Saldanha, egressas do curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Os trabalhos apresentados propõem um diálogo entre memórias familiares, pessoais e aquelas coletadas durante o processo de criação artística. A exposição se constroi como uma conversa contínua entre mulheres com trajetórias semelhantes, mas que expressam, cada uma à sua maneira, aquilo que as move – em memória ou vivência – ao longo de suas produções.
Carmen Sansone destacou o quanto é prazeroso construir com o grupo, especialmente pela liberdade criativa: "A gente cria com vontade, sem pressão. Não é tarefa, é escolha. Isso faz toda a diferença."
Stela Saldanha contou que seu trabalho foi inspirado na sua mãe, que teve Doença de Parkinson: "A perda do movimento dela me tocou muito. Agora, o que me interessa é captar esse instante, esse resto de movimento que ainda fica."
Claudia Maldonado, por sua vez, falou sobre seu trabalho com natureza e deslocamento: "Fala sobre memória, deslocamento, origem... A árvore virou símbolo de tudo isso pra mim."
As artistas foram selecionadas por meio do Edital 15/2023, que fomenta a cultura e disponibiliza espaços da Justiça do Trabalho Gaúcha para projetos artísticos da comunidade.
A mostra pode ser vista até 30 de maio, no Espaço Cultural Lenir Heinen, localizado no Foro Trabalhista de Porto Alegre (Av. Praia de Belas, 1.432). A visitação ocorre de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h, com entrada gratuita.