EXPOSIÇÃO VIRTUAL: "Bala Baleiro", de Celso Sant'Anna
A exposição "Bala Baleiro", do artista Celso Sant'Anna, entra em cartaz nesta segunda-feira (11/10) no site do TRT-RS. A mostra reúne 24 "fotopoemas" sobre situações do cotidiano alteradas pela presença da bala perdida. Cada imagem contém um poema, uma história interrompida.
A ideia da exposição surgiu quando o artista assistiu, na televisão, a uma reportagem sobre um tiroteio em uma favela carioca. Na ocasião, uma pessoa que estava longe do conflito foi atingida por uma bala perdida daquele confronto. Na mesma matéria, enquanto o repórter apresentava o local do tiroteio, uma turma de crianças brincava com as cápsulas de balas que estavam no chão. Elas utilizavam as balas de diversos calibres como se fossem bonecos de brinquedo, ou seja, ressignificavam um símbolo da violência de forma lúdica e dentro da realidade daquele ambiente.
Na sua versão original, os poemas impressos em papel foram inseridos em cápsulas de balas de revólver usadas. Elas ficavam expostas em um bandeja, segurada por um boneco de manequim, semelhante a um "baleiro" que oferece doces para crianças. A mostra foi exposta em mais de 20 cidades do Rio Grande do Sul. Neste novo formato virtual, os textos aparecem em "fotopoemas", criados pelo autor a partir de um banco de imagens royalty free.
"Entendo que a bala perdida representa a violência em um ponto máximo de agressividade, pois não dá a mínima chance de defesa à vítima e resulta de outra violência. Ao planejar o trabalho, decidi que não utilizaria o livro como suporte para os poemas. A intenção era que as pessoas pensassem sobre o assunto de forma diferente", reflete o artista.
Celso Sant’Anna é ator e jornalista. Em 2021, completa 35 anos de atividades na área da Cultura. Atuou, dirigiu ou produziu em mais de 20 espetáculos teatrais no Rio Grande do Sul, alguns dos quais premiados. Escreve textos para teatro, rádio e televisão há mais de 30 anos. Trabalhou nos principais veículos de comunicação de Porto Alegre e também como assessor de imprensa nas esferas pública e privada. Celso recebeu prêmio da Fundação Nacional de Artes (Funarte) pelo texto dramatúrgico "Quem é o monstro, afinal?", que aborda a violência no universo juvenil. Escreveu a biografia “Airton Pavilhão – O Zagueiro das Multidões”. Também criou o espetáculo literário infantil “A Poesia é um Barato”, onde uma barata-robô com movimentos autônomos declama poemas sobre a própria existência. Atualmente, além das atividades na área cultural, trabalha com gravação e edição de vídeos.
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