Memorial divulga entrevista com psicóloga Jaqueline Titoni sobre formalização da relação de emprego
Uma entrevista com a psicóloga Jaqueline Titoni aborda o caráter material e simbólico da carteira de trabalho e o papel da Justiça do Trabalho no processo de formalização da relação de emprego. O vídeo foi realizado pelo Memorial do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) para a exposição Documento é Legal, aberta em 19 de maio de 2008Abre em nova aba. A mostra enfatiza o valor dos documentos para a construção da história do Direito e da Justiça do Trabalho, em especial as carteiras profissionais e as significações que a relação formal de emprego envolvem. Revistas antigas, carteiras de trabalho desde a década de 30, processos da Junta de Conciliação e Julgamento de Montenegro da década de 60, época em que se deu a substituição da carteira profissional pela Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), foram alguns dos documentos em destaque na exposição. Assista agora:
Autora do livro "Trabalho, Poder e Sujeição: trajetórias entre o emprego, o desemprego e os 'novos' modos de trabalhar", Jaqueline possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1986), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992) e doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999). Realizou estágio de pós-doutorado no master em Psicologia Social da Universidade Autônoma de Barcelona (2005-2006) Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Fatores Humanos no Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: trabalho, subjetividade, saúde mental e fotografia.
Na entrevista, ela aborda as seguintes perguntas:
- Como você situa a questão da formalidade e informalidade nas relações do trabalho no Brasil e RS hoje?
- Em sua pesquisa de doutorado, você mostra as trajetórias dos funcionários do pólo petroquímico em Triunfo e Camaçari, após a demissão no emprego. Alguns tornam-se autônomos, outros são subcontratados, e um terceiro segmento permanece desempregado. Como se sentem estes trabalhadores? Quais são as características destes “novos” modos de trabalhar comparativamente ao mercado formal de trabalho com carteira assinada?
- Nos seus estudos e entrevistas tem aparecido a Justiça do Trabalho? Como a Justiça do Trabalho aparece no discurso dos trabalhadores? Que papel a Justiça do Trabalho tem na regulação das relações de trabalho e na busca de formalização do emprego?