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Publicada em: 14/06/2021 19:15. Atualizada em: 15/06/2021 11:56.

EXPOSIÇÃO VIRTUAL: "Diálogos entre carnes comestíveis", fotoperformance do coletivo "Las Dos"

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Mulher cobrindo o rosto com as mão espalmadas, e sobre suas mãos duas patas de galinha
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A fotoperformance "Diálogos entre carnes comestíveis", do coletivo "Las Dos", entra em cartaz nesta segunda-feira (14/6), na série de exposições virtuais do TRT-RS. A mostra propõe uma reflexão sobre a ligação entre a animalização do corpo da mulher e o consumo da carne de animais. 

Leia, abaixo, o texto da exposição escrito pelo coletivo "Las Dos": 

"Diálogos entre carnes comestíveis – videomontagem de fotoperformance
Sobre a ligação entre a (in)visibilidade de mulheres e a mercantilização de seus corpos.

Não. Mulheres-cabeça, mulheres-câmera, mulheres-pincel, mulheres-cinzel raramente se enquadram nos museus, nas galerias, nos livros, nas capas de revista, nas páginas sobre negócios, nas vitrines dos negócios. Cabe à elas a função – ou o ofício – de mulher-carne; quando muito (usadas), de mulher-mãe.

Não se enquadram até mesmo nos cargos “de mulheres”, quando com maior prestígio e poder de criação: grandes chefs de cozinha, coiffeurs, maquiadores e estilistas são de esmagadora maioria homens. Ficam (de fora) as tantas mulheres-cabides da criação masculina. Não servem para criar, mas para procriar: servem ao deleite alheio.

Mas as mulheres-carne servem, como os animais, para comer, para saciar a fome do homem. Por consequência, a mercantilização de corpos femininos. Mas e as mulheres-não-à-venda? Na terra das palmeiras, do sabiá que dá cantada e do Palmeiras, não tem problema: mil estupros a cada dia. E os números se enquadram, e dialogam: 16 milhões de frangos, 88 mil vacas e 121.000 porcos abatidos nesse mesmo cada dia. Mas será que essas carnes-mulheres e carnes-bicho dialogam?

O animal que logo sou, de Derridá, sipá, respondeu: Sim.

Nós, do Coletivo Las Dos, também."

O coletivo Las Dos foi criado em 2018 com o objetivo de pesquisar fotoperformance e os desdobramentos entre fenômenos da atualidade e seus atravessamentos, como questões de gênero, preconceito, consumo e lixo. É formado por Adriana Marchiori e Consuelo Vallandro Barbo. Ambas vivem em Porto Alegre/RS. 

Adriana Marchiori é graduada em Administração, servidora pública e fotógrafa de cena. Busca contribuir, através da fotografia, na construção da memória e no fortalecimento da cena artística local. Pesquisa fotoperformance. 

Consuelo Vallandro Barbo é artista que trabalha com diversas nuances do corpo como trampolim para a expressão de sentimentos seus e de reflexões sobre fenômenos do hoje. Estuda a potência do movimento dentro do circo, da dança contemporânea e da performance com suas intersecções com a literatura e as artes visuais. 

A exposições virtuais do TRT-RS foram idealizadas pela Comissão de Cultura do TRT-RS como uma forma de manter a divulgação de produções artísticas durante a pandemia do novo coronavírus. 

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Fonte: Secom/TRT-RS
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