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Publicada em: 08/10/2019 09:15. Atualizada em: 09/10/2019 11:54.

Exposição “Meio Fio, Vida de Cadeirante” é inaugurada no Foro Trabalhista de Porto Alegre

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Foto da cerimônia de abertura, tirada durante a fala do fotógrafo Jorge Aguiar, no púlpito.
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A exposição “Meio Fio, Vida de Cadeirante”, do fotógrafo Jorge Aguiar, entrou em cartaz na galeria Lenir Heinen, do Foro Trabalhista de Porto Alegre (Av. Praia de Belas, 1.432), nessa segunda-feira (7/10). A mostra retrata cenas do cotidiano de deficientes físicos nos bairros da Capital e da Região Metropolitana. 

Para realizar as obras, o fotógrafo fez um laboratório de 15 dias, percorrendo os cenários urbanos em um cadeira de rodas. Após a experiência, passou cerca de dois anos ouvindo as histórias dos deficientes e fazendo as fotografias. "Traduzi as histórias que ouvi em imagens. Elas são uma crítica e um chamamento: a causa da acessibilidade deve ser uma bandeira contínua", explicou Jorge Aguiar, durante a cerimônia de inauguração. As fotografias estão impressas em tecido voil, em preto e branco, e presas no cordão de um varal. "O uso do tecido foi para quebrar paradigmas: ele é suave, sutil. No primeiro contato, as pessoas olham qual é o suporte das obras. Depois, vão se deter no que está impresso", explicou. O artista declarou que espera que as fotografias estimulem a reflexão. 

A presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, observou que as fotografias de Jorge Aguiar mostram as dificuldades que os cadeirantes enfrentam para se locomover. "As cidades, muitas vezes, não dão o acesso que o cadeirante precisa ter à cultura, ao esporte e ao lazer.  Há um profundo sentimento de abandono e vulnerabilidade. Ele faz um alerta nessas fotografias", comentou. 

A exposição tem a curadoria de Paulo Leônidas e foi promovida pelo Comitê de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do TRT-RS e a Comissão de Cultura do Tribunal. A servidora Milene Tafra da Fontoura, representante da Comissão de Cultura, afirmou que as imagens capturam questões dramáticas que reverberam para outros tipos de deficiência. "Houve um trabalho com o peso da dor e do sofrimento, mas também com a superação", ressaltou. O servidor Elton Luiz Decker, integrante do Comitê de Equidade, elogiou a sensibilidade do artista. "São tantos os meios-fios que nós, deficientes físicos, temos que enfrentar, sem a acessibilidade devida e sem adaptação. Jorge Aguiar, com um brilhantismo enorme, se aproximou dos deficientes da periferia, que enfrentam enormes dificuldades para ter o direito de se locomover", destacou. 

Também participaram da cerimônia de inauguração a juíza-diretora do Foro Trabalhista de Porto Alegre, Anita Job Lübbe, e o diretor de Acessibilidade e Inclusão Social do Município de Porto Alegre, Jorge Heleno Brasil. A exposição também contou com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União no RS (Sintrajufe-RS). 

Jorge Aguiar é natural de Porto Alegre e trabalha com fotojornalismo há 42 anos. Desde 1997, desenvolve o Projeto Luz Reveladora Photo da Lata em periferias, ministrando oficinas pinhole a jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social. A mostra "Meio Fio, Vida de Cadeirante" pode ser visitada no Foro Trabalhista de Porto Alegre até o dia 29 de outubro. 

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Fonte: Texto de Guilherme Villa Verde e fotos de Inácio do Canto (Secom/TRT4)
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