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Publicada em: 28/06/2019 15:23. Atualizada em: 04/07/2019 10:16.

Novo espaço cultural do Foro Trabalhista de Pelotas leva o nome da juíza Yvonne Isaacsson de Souza e Silva

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28-pelotas-810p.jpgSolenidade realizada nessa quinta-feira (27) marcou a inauguração do Espaço Cultural Yvonne Isaacsson de Souza e Silva, no Foro Trabalhista de Pelotas, na região sul do Estado. O espaço homenageia a magistrada que atuou por mais de 11 anos na jurisdição de Pelotas, entre 1971 e 1982. O evento contou com a presença da presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), desembargadora Vania Cunha Mattos.

Acesso o álbum de fotos do evento.Abre em nova aba

Natural de Pelotas, Yvonne Isaacsson de Souza e Silva tomou posse na magistratura trabalhista gaúcha em 22 de julho de 1963. Ao longo da carreira, exerceu a titularidade da Vara do Trabalho (VT) de Santana do Livramento (1963-1965), da 1ª VT de Bagé (1965-1967), da 1ª VT de Canoas (1969), da 8ª VT de Porto Alegre (1969-1971) e da 2ª VT de Pelotas (1971-1982). Aposentou-se em 3 de setembro de 1982, ainda como juíza de primeira instância. Faleceu em 30 de dezembro de 2014, aos 88 anos.

Sobrinha da homenageada, a atual diretora do Foro Trabalhista de Pelotas e titular da 2ª VT de local, juíza Cacilda Ribeiro Isaacsson, destacou na cerimônia que Yvonne é uma referência como magistrada e pessoa. “Uma das mulheres pioneiras na magistratura, que foi inspiração para que outras mulheres almejassem a carreira”, declarou.

O desembargador aposentado Ricardo Tavares Gehling, também nascido em Pelotas, discursou em nome dos colegas magistrados. Ele afirmou que a juíza Yvonne era dotada de atributos de humanidade e grandeza de caráter, despertando em todos os lugares em que atuou o sentimento de admiração e respeito. Conforme Gehling, a sensibilidade social também era uma marca da magistrada. “Sua forma de atuar, com respeito a partes e testemunhas, fazia com que fosse respeitada por empregados e empregadores, independentemente da decisão que proferisse”, relatou. O magistrado ainda contou fatos da trajetória da juíza Yvonne, que também atuou como professora de Direito do Trabalho e Direito Previdenciário na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Leia o discurso na íntegraAbre em nova aba.

Ao fazer uso da palavra, a presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, refletiu que hoje vivemos tempos de pouca solidariedade, em que o “ter” prevalece sobre o “ser”, muito ao contrário do que a juíza Yvonne espalhou ao longo de sua vida, pautada pela ética e pelo comprometimento em tudo que realizou. A presidente disse ter certeza de que a colega, se estivesse viva, estaria lutando na defesa intransigente da Justiça do Trabalho. 

A desembargadora comentou que Pelotas é berço de magistrados de destaque, incluindo Yvonne. “Juízes comprometidos com a jurisdição, com a excelência na análise técnica do caso concreto, com acuidade e convicção absolutamente livre e desvinculada de qualquer viés político ou dogmas de trabalho que impedem a prestação jurisdicional célere, eficaz e eficiente”, manifestou. A presidente ainda lembrou o fato de a juíza Yvonne ter exercido a magistratura durante o período da Ditadura Militar, na maior parte da carreira, sem que isso tenha a impedido de distribuir justiça com coragem e determinação. Ao final do discurso, Vania destacou que o espaço com o nome da magistrada contribuirá para o desenvolvimento cultural da cidade. Acesse a manifestação na íntegra.Abre em nova aba

Exposição inaugural

O Espaço Cultural Yvonne Isaacsson de Souza e Silva foi inaugurado com a exposição “Meraki”, da artista plástica Lauren Robe, composta por quadros e esculturas. 

Também natural de Pelotas, Lauren é graduada em Artes Visuais, com habilitação em Gravura, pela UFPel, e também tem formação em Pedagogia do Design. Atualmente, a artista dedica-se à técnica do Pontilismo. Segundo ela, a escolha refinou-se devido às características individuais que mesclam paixão pelas cores e inclinação pela simetria e design de estampas. É dessa forma que alcança seu modo ideal de trabalho: o equilíbrio entre inspiração artística e as demandas da vida moderna.

“Neste ponto, a atuação da artista plástica e da magistrada se entrelaçam, pois ambas nos mostram como fazer algo com alma, colocando uma parte de si no trabalho realizado e nas pessoas por ele tocadas. Perfeita sintonia entre a arte e o agir da doutora Yvonne, que sempre impregnou ao saber jurídico a sensibilidade”, disse a juíza Cacilda Isaacsson.

A exposição Meraki ficará em cartaz até 26 de julho.

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Fonte: Gabriel Borges Fortes (Secom/TRT4). Fotos: Inácio do Canto
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