Acordo no Cejusc-JT encerra conflito trabalhista de 22 anos em Porto Alegre
Um acordo celebrado no Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas do primeiro grau, em Porto Alegre, encerrou um conflito trabalhista que durava 22 anos. A audiência ocorreu nesta terça-feira (28/5), segundo dia da 5ª Semana Nacional da Conciliação Trabalhista, e foi conduzida pelo juiz Jorge Alberto Araujo e pela servidora conciliadora Andressa Dala Lana.
O caso envolvia uma reclamatória trabalhista ajuizada por um trabalhador que atuou em uma lavadora de veículos entre 1995 e 1997. O processo teve uma tramitação rápida até a promulgação da sentença, mas houve problemas na fase de execução, momento em que se busca a cobrança dos valores devidos. Conforme o juiz Jorge Alberto Araújo, o encerramento das atividades da empresa gerou dificuldades para se identificar os sócios responsáveis pelo cumprimento das obrigações. “Após inúmeros procedimentos de investigação patrimonial, finalmente se identificaram os responsáveis solventes. No entanto, outro imprevisto acabou atrasando novamente a finalização do processo: infelizmente, o titular da ação faleceu, e foi necessária a abertura de um inventário para a identificação dos destinatários dos seus créditos”, explica o juiz Jorge Alberto Araújo.
A audiência de conciliação contou com a presença do pai do trabalhador falecido e dos sócios da empresa, acompanhados dos seus advogados. Com a negociação, chegou-se a um acordo para o pagamento parcelado da dívida. “A audiência foi muito bem conduzida pelo doutor Jorge e pela conciliadora Andressa. Já utilizei outras vezes o Cejusc-JT, é sempre muito tranquilo e conseguimos chegar a resultados positivos. Esta ação foi emblemática por todos os atos que precisaram ser praticados, e finalmente chegamos a um acordo ao final do processo”, comentou a advogada Renata Hoberrek Lemos da Silva, que acompanhou o pai do trabalhador. A atuação da equipe do centro de mediação e conciliação também foi elogiada pelo advogado Pedro Oldimar Diniz, representante da empresa. “Nos últimos tempos, a criação dos Cejuscs pela Justiça do Trabalho foi uma das melhores conquistas para todos, beneficiando tanto reclamantes quanto reclamados”, observou.
