Presidente Vania e desembargador Alexandre Corrêa da Cruz palestram sobre percursos profissionais para alunos do IMED
A presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Regiao (TRT-RS), desembargadora Vania Cunha Mattos, e o desembargador do Trabalho Alexandre Corrêa da Cruz palestraram na noite dessa terça-feira (13/5) para alunos do IMED. A fala dos magistrados abordou a trajetória profissional de cada um deles, em particular a experiência da presidente Vania na carreira da magistratura e os 14 anos do desembargador Alexandre no Ministério Público do Trabalho. A atividade fez parte da Semana Acadêmica do Curso de Direito do IMED.
A presidente advertiu que a carreira da magistratura não garante a todos a possibilidade de chegar ao Tribunal e que ela não deve ser buscada com essa ambição. “Entrei na Justiça do Trabalho em 1980, como servidora, e após alguns anos atuando em Varas no Interior e em Porto Alegre, fiz o meu concurso para juíza do Trabalho”, contou Vania. “Em maio de 1992 eu vim para a 13ª Vara de Porto Alegre. O fato de chegar ou não ao Tribunal não é garantido, pois há um número estabelecido de desembargadores”, complementou. A presidente também aproveitou para elogiar a criação da Seção Especializada em Execução, da qual ela participou desde sua criação, em abril de 2012, até assumir a Presidência do Tribunal. Ela explicou, brevemente, o procedimento de eleição para a Presidência do Tribunal, que se dá pelo voto dos desembargadores reunidos no Tribunal Pleno, após consulta pública à totalidade dos magistrados.
O desembargador Alexandre contou um pouco de sua trajetória como procurador do Trabalho, antes de assumir uma vaga de desembargador no TRT-RS pelo Quinto Constitucional. “Jamais digam que vocês não vão trabalhar com Direito do Trabalho”, brincou. Alexandre explica que as atuais atribuições do Ministério Público do Trabalho foram dadas a partir da Constituição Federal de 1988. “Eu acompanhei todo o desenvolvimento do Ministério Público como órgão agente: presidindo inquéritos civis, ajuizando ações civis públicas. Passei no concurso para procurador do Trabalho em 1996. No início, atuei como curador de incapazes, na defesa dos interesses de adolescentes. Depois, trabalhei na coordenadoria que cuidava das ações civis públicas e em vários outros setores. Após 14 anos, dentro dessa minha inquietação, eu resolvi ir para a magistratura do Trabalho”, revelou.