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Publicada em: 05/05/2019 17:59. Atualizada em: 16/05/2019 14:39.

Partida de futebol "Eles Por Elas" promoveu o combate à desigualdade de gênero

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Uma partida de futebol simbolizou o engajamento de homens e mulheres no combate à desigualdade de gênero, neste sábado, em Porto Alegre. O "Jogo Eles por Elas" foi realizado no Estádio Universitário da PUCRS, em prol da campanha #HeForShe, da Organização das Nações Unidas (ONU). O movimento é um esforço global para envolver os homens na remoção das barreira sociais e culturais que impedem as mulheres de atingirem seu potencial.

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A atividade foi promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O jogo foi disputado por magistradas, magistrados, servidoras e servidores das três instituições, em uma partida com times mistos de homens e mulheres. O evento foi aberto ao público em geral e, no intervalo da partida, foram sorteadas camisetas do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e do Sport Club Internacional, autografadas pelos jogadores dos clubes.

Na abertura do evento, a presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, ressaltou a importância do combate a quaisquer atos de violência física, mental ou intelectual contra as mulheres. A magistrada citou algumas estatísticas de 2018 que mostram a gravidade do problema no Brasil. No último ano, nove mulheres foram vítimas de agressão por minuto no país, uma mulher foi vítima de estupro a cada nove minutos, três mulheres foram vítimas de feminicídio por dia, uma mulher registrou agressão sob a Lei Maria da Penha a cada dois minutos, e uma pessoa trans foi assassinada a cada dois dias. "Trata-se de um país doente, imerso em uma onda de violência injustificável", criticou a desembargadora. Além de citar normas nacionais e internacionais sobre o tema, a presidente afirmou que a discriminação contra as mulheres fere dispositivo constitucional que garante o princípio da igualdade."Eventos como o de hoje constituem-se na formulação de uma política pública e educativa para as novas gerações, para que sejam capazes de construir um sociedade mais justa e fraterna", declarou. 

A coordenadora do Comitê Gestor de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do TRT-RS, juíza Raquel Nenê Santos, observou que a partida mista de futebol se insere nas ações de campanhas que buscam a conscientização para o fim da violência contra as mulheres. "Esta partida de futebol mista foi especialmente planejada como uma oportunidade de mobilizar de forma lúdica servidores, magistrados, familiares e amigos dos órgãos do Poder Judiciário em torno do debate da igualdade de gênero". A magistrada lembrou que a participação do TRT-RS no #HeForShe teve início em 2016, e estimulou o público a acessar o site da ONU para se cadastrar na campanha. "Façamos a nossa parte para que o Brasil seja considerado uma nação que não tolera qualquer tipo de violência contra a mulher. Porque nós também devemos nos perguntar: se não nós, quem? se não agora, quando?", refletiu. 

Engajamento e integração

A ideia de uma partida de futebol misto para promover o tema da campanha #HeForShe foi elogiada pela servidora Carolina Poeta (TRF4), uma das jogadoras em campo. "Uma pena não termos tantas representantes femininas no jogo, mas isso é um reflexo da desigualdade que ainda existe entre homens e mulheres. A promoção deste evento em si já é uma grande iniciativa, que só tem a acrescentar à campanha da ONU". O jogador Jaques de Assis (TRT4) também destacou a relevância simbólica do evento que reuniu homens e mulheres na mesma partida. "O problema da violência contra as mulheres é algo que traz reflexos para a sociedade em geral e precisa ser erradicado". A jogadora Daiana Nascimento (TRF4), por sua vez, comentou sobre o impacto positivo do evento nos participantes: "É ótimo para conscientizar o pessoal do Direito, porque, mesmo dentro de nossas profissões, ainda há resquícios do machismo que precisam ser combatidos", observou. 

A partida contou com um trio feminino de arbitragem da Federação Gaúcha de Futebol. Entre as árbitras, estava Ariela Duarte, que elogiou o fato de o evento ter contado com o engajamento do público feminino e masculino. "Acho importante todos estarmos juntos nesta causa, porque antes de sermos homens ou mulheres somos seres humanos, este problema diz respeito a nós todos. Além disso, há toda essa integração proporcionada pelo esporte. É muito bom ver que esse pessoal veio aqui neste sábado para se divertir e ao mesmo tempo apoiar uma causa muito justa", declarou. 

O evento foi idealizado e organizado pelo Comitê de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do TRT-RS, com apoio da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão da Justiça Federal da 4ª Região, da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região (Amatra IV), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), da Federação Gaúcha de Futebol, da Unimed e da dupla Gre-Nal. O patrocínio foi do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul (Sintrajufe/RS).

A solenidade de abertura da partida também contou com a presença da integrante do Comitê Gestor de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do TRT-RS, juíza Cacilda Ribeiro Isaacsson, do representante da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), juiz Luiz Antonio Colussi, do Pró-Reitor de Extensão em Assuntos Comunitários da PUCRS, Marcelo Bonhemberger, da representante da Comissão de Direitos Humanos do TRT-RS, juíza Luciana Böhm Stahnke, da representante da Associação de Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região (AmatraIV), Mariana Piccoli Lerina, da representante da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão da Justiça Federal da 4ª Região, Carolina Bergmann, da representante do Sport Clube Internacional, Najla Diniz, do representante do coordenador do comitê gaúcho impulsor do movimento Eles por Elas, Juliano Sá, e da advogada Kelli Menin, coordenadora do grupo de trabalho "Mulhere em Ação", da Comissão da Mulher Advogada da Seção Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS). 

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Fonte: (Texto de Guilherme Villa Verde e fotos de Maria Clara Adams e Inácio do Canto - TRT-RS)
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