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Publicada em: 16/04/2019 12:04. Atualizada em: 16/04/2019 15:32.

Exposição “Percursos da Arte: Prisão, Saúde e Trabalho” é inaugurada no Foro Trabalhista

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Esculturas e pinturas integram a exposição.
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Desenvolvida especialmente para ser exposta no TRT-RS, a mostra “Percursos da Arte: Prisão, Saúde e Trabalho” foi inaugurada no Espaço Lenir Heinen, do Foro Trabalhista de Porto Alegre, nessa segunda-feira (15). A ocasião contou com a presença da presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), desembargadora Vania Cunha Mattos, do coordenador da Comissão de Cultura do TRT-RS, desembargador João Paulo Lucena, dos responsáveis pelos projetos, Aloizio Pedersen e Celso Rodrigues, e de três artistas - Cláudio Ribeiro, Edo May e Elvis Esteves -, além de servidores e magistrados, incluindo a presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região (Amatra IV), juíza Carolina Hostyn Gralha, entidade apoiadora do projeto.

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O projeto é composto por dois trabalhos distintos: o Artinclusão, com telas pintadas por internos do Instituto Psiquiátrico Forense sob orientação do artista plástico Aloizio Pedersen, e o "Direitos Humanos na Prisão", desenvolvido pelo sociólogo Celso Rodrigues e que leva ações de inclusão e reinserção a apenados da Cadeia Pública de Porto Alegre. Esse projeto deu origem às obras do escultor Elvis Esteves, desenvolvidas com ferros velhos apreendidos pela Polícia em desmanches. Segundo a presidente do TRT-RS, a exposição está inserida na política da Justiça Trabalhista de se aproximar da sociedade – neste caso, em especial, das instituições que têm o propósito da superação pela arte. “Essa é uma forma real, objetiva e tangível de recuperação do ser humano”, afirmou a presidente. Vania também lembrou de uma conquista da Artinclusão: em janeiro, a exposição passou pelo continente europeu. O projeto esteve em seis instituições acadêmicas de Portugal e foi muito bem recebido pela comunidade, de acordo com a magistrada.

O coordenador da Comissão de Cultura, desembargador João Paulo Lucena, chamou a atenção para a importância de dar espaço a projetos tão relevantes para a sociedade. “O mais importante é a visibilidade que esses artistas espetaculares precisam porque, na nossa mídia, vemos todos os dias que as notícias que interessam e que vendem são aquelas de natureza negativa. Nós temos aqui um trabalho lindíssimo”, apontou Lucena. Para Celso Rodrigues, esse tipo de ação é transformadora não só para os artistas envolvidos, mas para toda a comunidade. “Os objetos foram transformados, os artistas são transformados e nós, quando vemos, também somos transformados”, avaliou.

Cláudio e Edo, do Instituto Psiquiátrico Forense e autores de algumas pinturas expostas, agradeceram o espaço e a presença do público na inauguração da exposição. Elvis Esteves, criador das esculturas expostas no local, falou sobre sua reinserção – que, segundo ele, só aconteceu por conta da arte. Ele comparou sua trajetória às próprias obras: “Eu fui me transformando assim como um ferro velho, retorcido, que ninguém dá valor; ou uma madeira suja, empoeirada. Por dentro, eles ainda têm a essência”. Aloizio Pedersen encerrou o evento fazendo um pedido: “Não nos deixem e estejam mais conosco porque, no fundo do cárcere, nós somos muito sós”. Ele agradeceu o apoio dado pelo TRT-RS aos projetos e destacou que, a partir de agora, a Justiça Trabalhista também faz parte deles. “Que esse seja um lindo marco para esses dois projetos dentro da instituição que melhor nos acolheu”, frisou Pedersen.

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Fonte: Texto de Leonardo Fidelix e fotos de Inácio do Canto (Secom/TRT-RS)
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