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Publicada em: 03/05/2018 09:43. Atualizada em: 03/05/2018 09:43.

TRT-RS inaugura exposição “Trabalho Riscado”, do cartunista gaúcho Santiago

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Presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, e desembargador João Paulo Lucena conversam com Santiago ao lado o cartaz da exposição.
Presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, e desembargador João Paulo Lucena conversam com Santiago ao lado o cartaz da exposição.
Presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, apresenta o artista.
Presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, apresenta o artista.
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O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) inaugurou nesta quarta-feira (2) a exposição “Trabalho Riscado”, do cartunista gaúcho Santiago. Instalada no saguão do Prédio-Sede (Av. Praia de Belas, nº 1.100, bairro Praia de Belas, Porto Alegre), a mostra reúne desenhos que, segundo o próprio artista, brincam sobre questões sérias referentes a profissões diversas. Acesse aqui o álbum do lançamento.

Na abertura da exposição, a presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, ressaltou o grande número de premiações internacionais recebidas pelo cartunista. "É uma honra para o Tribunal receber esse trabalho", assinalou. Agradecido, Santiago lembrou que durante os anos 1980 já havia realizado mostra nas Varas de Porto Alegre, igualmente marcante, pois coincidiu com uma época de crise.

A exposição abre o calendário cultural da Justiça do Trabalho gaúcha em 2018 e também o biênio da Comissão de Cultura do TRT-RS, em sua atual configuração. "É um artista especial, com visão crítica e social, autor de desenhos significativos sobre o mundo do trabalho", enfatizou o desembargador João Paulo Lucena, presidente da Comissão de Cultura.

A servidora Milene Tafra da Fontoura, integrante da Comissão e responsável pelo convite ao artista, destacou que a exposição é uma excelente oportunidade para ver um conjunto de peças relevantes ao atual momento de crise trabalhista. “São obras de uma estética original, suave, que adocica uma crítica social ferrenha”, avaliou.

A mostra teve também o patrocínio da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região (Amatra IV) e ficará em cartaz no saguão do TRT-RS até 16 de maio. Entre 17 de maio e 1º de junho, as obras serão exibidas no Espaço Cultural Lenir Heinen, do Foro Trabalhista de Porto Alegre (Av. Praia de Belas, nº 1.432, bairro Praia de Belas, Porto Alegre). O horário de visitação é de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 10h às 18h.

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O artista

No texto abaixo, Santiago resume seu currículo. Confira:

Neltair Abreu nasceu em 1950 e chegou à Porto Alegre aos 19 anos, carregando uma mala de garupa e um forte sotaque fronteiriço da cidade de Santiago, interior do Rio Grande do Sul. Por isso virou “Santiago” e transformou a alcunha em pseudônimo. Isso foi em 1970 na Faculdade de Arquitetura, onde não chegou a se formar e salvou o mundo de muito telhado caindo na cabeça. Dessa época ficaram diversas colaborações em jornais estudantis, e só se livrou de pegar cadeia escondido nas macegas do pseudônimo.

Começou na antiga Casa Genta, onde desenhava letreiros para anúncios luminosos de acrílico e foi demitido por uma dislexia que o fez trocar as letras num caríssimo painel. Assim inaugurava, uma bela carreira na qual sagrou-se campeão da categoria recebimento de pé no traseiro.

Ingressou no jornal vespertino Folha da Tarde onde manteve por nove anos uma coluna de charge ao lado do seu mestre Sampaulo. Na mesma empresa Caldas Júnior, atuou no Correio do Povo até o fechamento de ambos os títulos.

Participou da experiência da Cooperativa de Jornalistas que editou o Coojornal. Colaborou com O Pasquim, publicou na Folha de S. Paulo e mais tarde manteve uma charge editorial no Estado de S. Paulo, apesar do mau humor do Estadão. Manteve por muito tempo o personagem “Macanudo Taurino” em jornais e revistas ligadas à cooperativas agrícolas. Na década de 90 trabalhou em publicações sindicais, empresariais e especializadas, todas para público dirigido. No começo do milênio esteve na revista Bundas e depois no jornal O Pasquim 21. Nessa década publicou no Jornal do Comércio, até o dia em que fez um desenho de fechar o comércio.

No universo dos salões de humor ganhou por cinco vezes o Salão de Humor de Piracicaba e chegou a ser presidente de honra em 1992, onde tinha a honra de assinar o que já estava decidido. O concurso da agência búlgara Sofia Press, lhe deu o primeiro lugar em 1988. Levou 5 prêmios do concurso anual do jornal japonês Yomiuri Shimbun e finalmente em 1990 arrebatou o prêmio máximo, vencendo 15 mil trabalhos do mundo inteiro. Ciscou outros prêmios no Salão de Montreal por duas vezes e em Duisburg, na Alemanha. Foi agraciado por 20 vezes com o Prêmio ARI de Jornalismo, da Associação Riograndense de Imprensa.

Em 1994 a revista americana Witty World, voltada para os profissionais do cartum, colocou o seu nome entre 13 melhores do mundo, numa lista feita por colegas assinantes da revista.

Atualmente colabora para o jornal Extra Classe, para a revista Le Monde Diplomatique Brasil e tem-se dedicado à projetos de livros de humor gráfico, sendo autor de 17 obras.

Vive em Porto Alegre com a esposa Olga e enquanto os netos não chegam, leva a passear o seu bulldog francês de nome Ugo, que ainda não desenha, mas presta muita atenção.

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Fonte: Secom/TRT-RS
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