Inovação é tema de palestra no Encontro de Gestores
- “Em time que está ganhando se mexe sim, para continuar ganhando” - Bernardinho
Último palestrante do 13º Encontro Anual de Gestores, Paulo Zawislak abordou a necessidade de inovação na gestão. Explicando as especificidades da prestação de serviços, categoria na qual se enquadra o Judiciário, destacou a complexidade intrínseca (especialmente em comparação ao produto), pois é maleável, na qual a a inovação é determinada pelo tomador (exigindo capacidade de adaptação do prestador), além de ser “transformadora, pois muda a condição das pessoas que se valem dela”. Outro aspecto ímpar evidenciado é o antagonismo inerente ao público da Justiça do Trabalho.
Na busca pela inovação, identificou desafios a serem superados, como a burocracia e a resistência à tecnologia, e viu no planejamento estratégico a saída para muitas destas dificuldades. Ainda assim, Zawislak afirma que “é fácil inovar em serviços”. Isso porque inovação depende de novos conhecimentos, e pessoas estão constantemente acumulando novas informações. Além disso, não há necessidade de alterações estruturais físicas complexas, cabendo muito mais aos indivíduos se questionarem como podem contribuir para qualificar a instituição. E a pró-atividade resume seu apelo final: “é preciso botar para fazer”.
Processo Eletrônico
- “Não é tanto medo do futuro quanto apego ao passado” - Des. Hugo Carlos Scheuermann
Durante a palestra de Zawislak, a Secretária de Tecnologia da Informação da Justiça do Trabalho gaúcha, Natacha Moraes de Oliveira, fez uso da palavra para detalhar a iniciativa que mais encerra inovação no Poder Judiciário: o Processo Judicial Eletrônico. Observou que alguns dos programas utilizados pela 4ª Região (Infor em 1º grau, NovaJus no 2º Grau e e-Jus nas sessões de julgamento) trouxeram avanços rapidamente disseminados. A tal ponto foram bem recebidos, exemplificou, que o e-Jus foi implementado por iniciativa das turmas do TRT-RS, motivadas por vantagens como a facilitação do trabalho de elaboração e revisão dos votos e a redução na duração das sessões.
Para Natacha, a informatização do processo trará a oportunidade de se inovar, reinventar. Informou que a Justiça do Trabalho gaúcha já está elaborando seu processo eletrônico, cuja implantação terá início até o final de 2011. Dentre as vantagens desta ferramenta, elencou a eliminação da burocracia, a redução do tempo de tramitação e de custos, a facilidade para gerenciar o processo, as novas formas de organização do trabalho, a reorganização dos espaços físicos, a possibilidade de teletrabalho e a preservação da memória da Justiça do Trabalho.