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Exposição Tantos Uns

  

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          Quando você encontrar uma pessoa com deficiência, não fique com receio nem se perguntando como falar ou o que dizer. Apenas se aproxime e fale, o mais naturalmente possível. Não fale mais alto nem mais devagar, apenas fale. Simples assim. E não se preocupe com o politicamente correto, porque a quase totalidade de nós não liga para isso.

          Não generalize. Lembre-se de que somos pessoas com deficiência, ou seja, primeiramente somos pessoas, com opiniões, ideias e gostos individuais, como todas as pessoas. Conforme indica o nome desta exposição, somos Tantos Uns, e cada Um é diferente de todos os outros.

          Dê à pessoa com deficiência a chance de tentar. Muitas vezes, pessoas que não convivem com deficientes, não têm contato nenhum conosco, se julgam em condições de dizer o que conseguimos ou não fazer. Essas pessoas não conhecem os recursos que temos nem as tecnologias que usamos e, baseadas apenas em critérios intuitivos, acham que conseguem determinar nossos limites. Em muitos casos podem até ter razão, podemos realmente não conseguir fazer, mas por que não nos dar a chance de tentar? E se der certo, se conseguirmos? Qualquer deficiência nos impõe limites (que dependem do grau da deficiência), mas muitas vezes o limite realmente intransponível é a resistência dos outros.

          Se quiser perguntar alguma coisa a uma pessoa com deficiência e ela estiver acompanhada de alguém, não pergunte ao acompanhante. Essa é uma das atitudes mais desagradáveis  que uma pessoa pode tomar com relação a nós. É frequente um deficiente ir com alguém a um restaurante e o garçom perguntar para este alguém: “O que ele vai comer”? Pergunte sempre, mas sempre mesmo, para a pessoa com deficiência aquilo que você quer saber dela.

          Não é necessário tentar nos consolar. Geralmente, não gostamos de ouvir expressões como “Deus tira uma coisa mas dá outra”, “olhos da alma”, “você enxerga mais do que eu”, etc. A intenção é sempre boa, mas o resultado é vazio e, sejamos francos, não ajuda nada. 

          Não nos importamos de falar sobre a nossa deficiência, mas pelo menos espere uns cinco ou dez minutos antes de perguntar. Diga ao menos “bom dia”, faça algum comentário sobre o tempo ou sobre alguma notícia do momento. Imagine o que significa passar anos, às vezes décadas, respondendo sempre às mesmas perguntas, ser sempre objeto instantâneo da curiosidade alheia. Resumindo e repetindo: fale o mais naturalmente possível conosco, da mesma forma como faria com qualquer pessoa. Se você tentar fazer isso, vai ver como é fácil.

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Gilberto Henrique Buchmann  

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Fonte: Memorial da Justiça do Trabalho, Comissão de Cultura
Última atualização: 05/07/2023 17:40
Mão branca segurando três formas humanas ao lado esquerdo do texto: Trabalho Seguro Programa nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho Criança desenhando arcos verde e amarelos em fundo cinza ao lado esquerdo do texto: Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estimulo à Aprendizagem Texto branco sobre fundo cinza: PJe Processo Judicial Eletronico 3 arcos laranjas convergindo para ponto também laranja em canto inferior direito de quadrado branco, seguidos pelo texto: execução TRABALHISTA Mão branca com polegar riste sobre círculo azul ao lado esquerdo do texto: Conciliação Trabalhista