Publicada em: 14/03/2024 14:52. Atualizada em: 15/03/2024 10:21.
Sede do TRT-4 recebe exposição em homenagem às mulheres
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A exposição “Sou árvore, memória, transcendência e luta. Sou o que eu quiser ser” está aberta para visitação de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, no saguão do prédio-sede do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (Av. Praia de Belas, 1100), em Porto Alegre/RS.
A mostra, organizada em parceria entre o Memorial e a Escola Judicial do TRT4, foi aberta no Dia Internacional da Mulher, data que também recebeu a aula inaugural de 2024 da EJud4. As obras são fotografias, pinturas e esculturas de Leila Knijnik, Carla Magalhães e do Comitê Pagu, permanecendo disponíveis no local até 19 de abril.
No dia 21 de março, a partir das 17h, será realizada uma roda de conversa dividida em dois blocos. No primeiro momento, haverá a participação das expositoras e de integrantes do Comitê Pagu. A entidade será representada por Cléo Soares, atriz, cineasta, escritora e integrante do Comitê Comunitário Assessor em Pesquisas em HIV/Aids, vinculado à Fiocruz. Na segunda parte da conversa, participarão a primeira presidente mulher do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), desembargadora Íris Helena Medeiros Nogueira, e a professora da Universidade de Passo Fundo Janaína Rigo Santin, pós-doutora em Direito pela Universidade de Lisboa.
Artistas e obras:
Leila Knijnik - Corselete, homenagem à feminilidade ou símbolo da opressão?
A artista propõe esses e outros questionamentos para reflexão sobre a ambígua relação de poder traduzida em uma peça de roupa.
Destaca a filósofa francesa Simone de Beauvoir, “O corpo não é uma coisa, é uma situação. (...) Sendo o corpo o instrumento do nosso domínio do mundo, este se apresenta de modo diferente segundo seja apreendido de uma maneira ou de outra.”
Leila convida a refletir sobre o domínio patriarcal ao longo da história, sustentado na maneira pela qual as formas femininas foram e são condicionadas aos estereótipos e à pressão, para que as mulheres a eles se encaixem. O corselete, modelo que marcava a cintura, é um dos exemplos do condicionamento de opressão social imposto às mulheres.
A peça, reinventada pelo estilista McQueen nos anos 90 - para ser usada na parte externa da roupa - lançou tendência e foi consagrada por Madonna como símbolo de sensualidade.
As ideias de Simone iluminaram pela primeira vez o processo pelo qual a opressão masculina se ampara no significado atribuído à silhueta feminina. Contudo, após tantos anos, ainda há muito que avançar para quebrar a corrente que aprisiona a existência da mulher ao que representa seu corpo.
Carla Magalhães - Politeia, as mulheres de nossas vidas.
As pessoas são como árvores, testemunhas da trajetória humana e das lembranças que formam e sustentam as cidades. As mulheres são os alicerces dessas cidades. Mesmo excluídas das decisões que marcaram a história, sempre foram fundamentais na construção da sociedade.
Politeia era originalmente um termo usado na Grécia Antiga para se referir às muitas cidades-estado que possuíam uma assembleia de cidadãos como parte do processo político. O sufrágio em tais democracias não incluía mulheres, escravos, servos ou estrangeiros.
A amostra é inspirada no livro ”Politeia - cenários da história alemã a partir da visão das mulheres depois de 1945”. O livro trata dessa cidade-estado que constrói o futuro por pessoas, inicialmente, excluídas dos sufrágios, das decisões, quase invisíveis.
A artista apresenta rostos de mulheres que lembram nossas casas, nossas mães, onde fomos criados. Nos instiga a olharmos para as mulheres ao redor, suas marcas, cicatrizes, suas cores, olhares, suas faltas e acertos. Trajetórias percorridas.
Comitê Pagu - Transcendendo Barreiras - Ensaio fotográfico de pessoas transgêneras.
O projeto celebra a diversidade, ao mesmo tempo em que apresenta as histórias de força e resiliência desse grupo. Destaca a importância de se promover a inclusão plena das pessoas trans. O Brasil é o país onde mais se mata travestis no mundo.
O olhar do fotógrafo revela e expõe um pouco desse grupo, normalmente invisibilizado, e convida a apreciar a beleza desses corpos tão estereotipados pela sociedade.
Fotógrafos: Fábio Klein, Alex Glaser e Lídia Schneider.
Modelos: Giovana Sanches; Isis Bragança; Rita de Kássia Fernandes; Cléo Soares; Zendaya; Alice Padilha e Ágata – mulheres Trans. Hack – trans masculino, não binário.
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Fonte: Texto de Sâmia Garcia e Inácio do Canto (Secom/TRT-RS) e fotos de Inácio do Canto
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