Magistrados e servidores do TRT-4 percorrem escolas da fronteira para falar sobre Direitos Humanos
A equipe do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região responsável pelo 1º Concurso Cultural de Direitos Humanos da Justiça do Trabalho nas Escolas segue percorrendo o Rio Grande do Sul. Depois de visitar escolas em Pelotas, Piratini e Pedro Osório, nesta semana magistrados e servidores estiveram na fronteira oeste do Estado.
O desembargador Alexandre Corrêa da Cruz, os juízes Carolina Gralha, Eduardo Elyseu e Márcio Lima do Amaral (presidente da Amatra IV) e as servidoras Anita Cristina de Jesus e Martine de Medeiros fizeram parte da equipe que trabalhou na divulgação do concurso e no debate sobre Direitos Humanos e o mundo do trabalho. Foram dois dias de atividades com estudantes e professores do Colégio Estadual Alceu Wamosy, em Sant'Ana do Livramento, e do Instituto de Educação Estadual Professor Diehl, em Quaraí, na terça-feira (11) e na quarta-feira (12). A visita a uma outra escola de Livramento que ocorreria nesta quinta-feira (13) foi cancelada em razão da suspensão das aulas motivada pelo ciclone extratropical.
Ao chegar nas escolas, a equipe conversa inicialmente com os professores para apresentar e detalhar o concurso cultural. Camisetas, panfletos e livros sobre temas ligados aos Direitos Humanos são distribuídos. Assuntos como aprendizagem profissional, trabalho seguro, trabalho infantil e trabalho escravo são debatidos num formato de palestras. A equipe explica de uma forma acessível o que exatamente são os Direitos Humanos.
“A divulgação do 1º Concurso Cultural de Direitos Humanos da Justiça do Trabalho nas Escolas tem sido muito gratificante. Além do acolhimento carinhoso que temos recebido, os professores e alunos têm demonstrado um grande engajamento para trabalhar em aulas os temas propostos, relacionados aos direitos humanos no mundo do trabalho, tão caros para nós, da Justiça do Trabalho, e essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária", destaca o desembargador Alexandre Corrêa da Cruz, coordenador da Comissão de Direitos Humanos e Trabalho Decente do TRT-4.
O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) durante o trabalho foi outro tema tratado com os estudantes. Foram mostrados alguns exemplos, como capacetes, máscaras, botinas, luvas, protetores auriculares e óculos que são necessários para determinadas profissões.
“Ao promover este concurso, o Tribunal demonstra o quanto acredita no investimento da formação integral das nossas crianças e adolescentes. Estar nas comunidades, estar em Sant'Ana do do Livramento e em Quaraí, conversar com os professores e com mais de mil estudantes é concretizar a Justiça do Trabalho. Não a Justiça que julga, mas a Justiça que acolhe o jovem cidadão e que atua para que ele seja mais consciente de seus direitos e deveres, vindo a ser, no futuro, um trabalhador ou um empregador que contribua para um mercado de trabalho mais digno. Pessoalmente, foi emocionante e engrandecedor”, ressalta a juíza Carolina Gralha, gestora regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho.
As escolas têm agora um período para debater os temas internamente e desenvolver os trabalhos. Cada instituição poderá encaminhar até 100 trabalhos, 20 em cada uma das cinco categorias. A própria escola fará a seleção interna, seja por mostra científica, seja por exposição com eleição dos melhores trabalhos, por exemplo. A entrega precisa ser feita até o final de agosto.
“A educação é pauta histórica da Amatra IV. Nesse sentido, há quase duas décadas, pelo seu programa TJC - Trabalho, Justiça e Cidadania, a entidade dialoga com as comunidades escolares do Estado, levando uma série de informações sobre a Justiça do Trabalho. Atuar nessa iniciativa do TRT, que busca despertar nos jovens a consciência sobre temas como o trabalho infantil, trabalho escravo e discriminação no ambiente laboral, entre outros, é muito positivo. A Associação sente-se honrada pelo convite para ser parceira do Tribunal na atividade, que é muito bem recebida pelas instituições de ensino e seus alunos. Acredito que o 1º Concurso Cultural de Direitos Humanos da Justiça do Trabalho nas Escolas também é, da mesma forma que o TJC, uma excelente ação de cidadania”, destaca o juiz Márcio Lima do Amaral, presidente da Amatra IV, representando também o programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) desenvolvido pela Associação.
“As visitas foram super proveitosas e possibilitaram muitas interações entre a comunidade escolar e os magistrados e servidores. Vimos professores e alunos muito engajados nas discussões sobre direitos humanos e empolgados em participar das atividades”, destaca Anita Cristina de Jesus, chefe da Divisão de Sustentabilidade, Acessibilidade e Inclusão do TRT-4.
Próximas visitas
Na primeira semana de agosto, o roteiro inclui quatro instituições de ensino de Porto Alegre:
01/08 - Escola Estadual de Ensino Médio Rafaela Remião
02/08 - Instituto Dom Diogo de Souza
03/08 - Colégio Estadual Dr. Glicério Alves
07/08 - Escola Estadual de Educação Básica Gomes Carneiro
O concurso
O 1º Concurso Cultural de Direitos Humanos da Justiça do Trabalho nas Escolas vai envolver alunos de dez escolas da rede pública de ensino, matriculados do 1º ano do Ensino Fundamental ao último ano do Ensino Médio. São instituições selecionadas pela Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul das regiões de Porto Alegre, Pelotas e Sant'Ana do Livramento. As demais regiões serão contempladas em outro concurso que será realizado em 2024. Para participar, os alunos precisarão elaborar desenho ou produção textual sobre os seguintes temas: combate ao trabalho infantil, combate ao trabalho escravo, combate a todas as formas de discriminação no trabalho e segurança e saúde no trabalho.
