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Publicada em: 28/04/2023 10:57. Atualizada em: 28/04/2023 10:57.

Artigo: "Por uma cultura permanente de prevenção", de autoria do desembargador Alexandre Corrêa da Cruz

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Des. Alexandre Cruz
Des. Alexandre Cruz

Texto originalmente publicado no jornal Correio do Povo, edição de 28 de abril de 2023.

Hoje, 28 de abril, é o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Uma data importante para refletirmos sobre a gravidade deste problema social. A insegurança no trabalho ceifa vidas, deixa pessoas mutiladas ou com marcas permanentes e sobrecarrega o sistema de saúde.

Em 2022, o Brasil registrou 612.900 acidentes de trabalho, com 2.538 mortes. Ou seja, a cada dia, em média sete pessoas saíram de casa para trabalhar e não retornaram para suas famílias. Esses números já impressionam, mas a realidade é ainda pior: as estatísticas oficiais computam apenas os casos que envolvem trabalhadores de carteira assinada. Estima-se que entre os trabalhadores informais o número de mortes é três vezes maior. O Rio Grande do Sul foi o terceiro estado com mais acidentes de trabalho em 2002,  tendo registrado 50,5 mil casos e 139 mortes. Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho.

Além disso, os acidentes e doenças laborais não atingem apenas as vítimas, mas prejudicam toda a comunidade. No ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) notificou 392 mil atendimentos de trabalhadores acidentados, sobrecarregando os hospitais públicos de casos que poderiam ter sido evitados. O INSS também concedeu mais de 148 mil benefícios previdenciários para pessoas que se acidentaram ou adoeceram trabalhando.

Reduzir esses números é um desafio de toda a sociedade e só tem um caminho: a prevenção. Empresas devem se conscientizar da importância de oferecer equipamentos de proteção e treinamento adequados, além de supervisionar seus empregados quanto ao cumprimento das regras de segurança. Trabalhadores e trabalhadoras precisam seguir as instruções dos empregadores com base nas normas de segurança e saúde do trabalho, bem como utilizar os equipamentos de proteção corretamente.  

Com esses cuidados no dia a dia e a implementação de políticas públicas de prevenção é que poderemos vislumbrar um outro futuro, com ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis.

Desembargador Alexandre Corrêa da Cruz
Gestor regional do Programa Trabalho Seguro no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)

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Fonte: Secom/TRT4
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