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Publicada em: 13/11/2025 20:00. Atualizada em: 13/11/2025 20:00.

Cooperação judicial é tema do segundo dia da 45ª reunião do Coleouv

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Jane Maria Köhler Vidal
Jane Maria Köhler Vidal
Daniel Junior de Melo Barreto
Daniel Junior de Melo Barreto
Amilcar Fagundes Freitas
Amilcar Fagundes Freitas
Nilton Tavares da Silva
Nilton Tavares da Silva
João Paulo Lucena
João Paulo Lucena foi o mediador do painel
Daisson Flach
Daisson Flach
Robnaldo José Santos Alves
Robnaldo José Santos Alves
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A cooperação judicial foi o tema do segundo dia da 45ª Reunião Ordinária do Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho (Coleouv), nesta quinta-feira (13/11). O evento ocorre no Campus das Hortênsias da Universidade de Caxias do Sul, em Canela (RS), reunindo ouvidores e gestores de Ouvidorias de Tribunais Regionais do Trabalho do país. 

No turno da manhã, representantes do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), do Tribunal de Justiça do Estado do RS (TJ-RS), do Tribunal de Justiça Militar do RS, do Tribunal Regional Eleitoral do RS (TRE-RS) e da OAB/RS, participaram de um painel sobre a importância do diálogo entre as instituições. 

A ouvidora  da Mulher, das Pessoas LGBTQIAPN+ e das Pessoas em Situação de Vulnerabilidade  do Tribunal de Justiça do Estado do RS (TJ-RS), desembargadora Jane Maria Köhler Vidal falou sobre o projeto RS te Escuta. A iniciativa promove a integração entre as ouvidorias das instituições e entidades gaúchas. “As ouvidorias são especializadas em escuta ativa, a escuta que transforma. Nosso objetivo é fazer as pessoas se sentirem realmente acolhidas”, enfatizou. 

O ouvidor-geral da OAB/RS, Daniel Junior de Melo Barreto, observou que o compromisso de cooperação traz ensinamentos. “O objetivo da ouvidoria é buscar a evolução do bem estar do ser humano, o melhor atendimento para o cidadão”, avaliou. 

O ouvidor do Tribunal de Justiça Militar do RS, desembargador Amilcar Fagundes Freitas, ponderou que, mais do que espaço de reclamação, as ouvidorias são espaços de escuta institucional. Também destacou a importância da cooperação judiciária. “A Justiça contemporânea não se sustenta em ilhas isoladas. Quando o cidadão procura o Judiciário, não distingue as divisões, ele quer escuta e acolhimento”, afirmou. 

O ouvidor do TRE-RS, Nilton Tavares da Silva, pontuou que as ouvidorias enfrentam muitos desafios e problemas de difícil solução em suas atividades cotidianas. Lembrou da integração que houve entre as diferentes instituições durante a tragédia climática de 2025. “Foi um momento de muita integração, acolhimento e solidariedade”, observou. 

O ouvidor do TRT-RS e mediador do painel, desembargador João Paulo Lucena, declarou que o Judiciário trabalha de forma única, e que a diferença está apenas nas competências  de cada ramo. O magistrado também relembrou a união entre as instituições durante a enchente de 2024, como um exemplo de cooperação em situações extremas. “Aqui no Rio Grande do Sul já vemos há alguns anos os cinco Tribunais trabalhando de forma harmônica e integrada”. 

Palestra

Após o painel, o tema da cooperação judiciária foi abordado na palestra do professor de Direito Civil da UFRGS Daisson Flach. Ele destacou que as tarefas da prestação jurisdicional e da administração da Justiça são cada vez mais complexas, o que exige mudanças paradigmáticas. Nesse sentido, observou que o caminho dessas mudanças deverá ser trilhado com certa natureza experimental de cooperação “Estamos em um tempo de necessário diálogo. A atuação firme do CNJ ocorre não só no sentido de regulamentar a cooperação, mas também de expandi-la”, afirmou. 

Daisson Flach explicou que as principais características da cooperação judiciária são a transversalidade, a abertura à complexidade e plasticidade, a adequação da comunicação necessária, além da atuação experimental e criativa. “É experimental no sentido de estar aberta a estímulos da realidade, na compreensão de que certas soluções dependem de testes de consistência e articulação de processos e meios”, avaliou. 

Boas práticas

A tarde do segundo dia da 45ª Reunião do Coleouv também contou com uma apresentação de boas práticas, conduzida pelo ouvidor-auxiliar do TRT-GO, Robnaldo José Santos Alves. A apresentação abordou a estratégia de atendimento em multicanais, o chamado “omnichannel”, adotada pelo TRT goiano. 

O objetivo é consolidar os principais meios de conjunção, telefone, whatsapp, e-mail e webchat, em uma mesma plataforma integrada. Isso permite respostas rápidas, rastreáveis e com alto nível de satisfação. O próximo passo é integrar a plataforma ao Proad-Ouv, o sistema único de processamento de informações relacionadas ao protocolo, ao processo administrativo e à Ouvidoria do Judiciário Trabalhista.

Instituto de Estudos Culturais

Os ouvidores e as ouvidoras também visitaram o Instituto de Estudos Culturalistas (IEC) de Canela, criado a partir da reunião de acervos das bibliotecas do professor Miguel Reale e dos professores Miguel Reale Júnior e Judith Martins-Costa. O objetivo do instituto é o de constituir acervos e  propulsionar estudos e debates nos campos do Direito, da Bioética, da Filosofia Jurídica, da Literatura, das Artes, da História e da Psicologia.

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Fonte: Texto de Guilherme Villa Verde e fotos de Guilherme Lund (Secom/TRT-RS)
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