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Publicada em: 03/03/2020 16:52. Atualizada em: 25/05/2020 15:52.

TRT8 e MPT reúnem cerca de 200 mil pessoas na II Marcha de Belém contra o Trabalho Infantil

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Foto do público caminhando na II Marcha de Belém contra o Trabalho Infantil
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A II Marcha de Belém contra o Trabalho Infantil reuniu cerca de duzentas mil pessoas, no último domingo (1/03), na capital paraense. O evento mobilizou governos, instituições e a sociedade civil, além de artistas locais e nacionais. A ação foi uma iniciativa da Justiça do Trabalho da 8ª Região (PA/AP), por meio da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.

A marcha foi aberta oficialmente pela presidente do TRT8, desembargadora Pastora Leal. A presidente agradeceu a desembargadora Zuíla Dutra e a juíza Vanilza Malcher, que coordenam a Comissão de Combate ao Trabalho Infantil do TRT8, pela organização e envolvimento de todos os voluntários e parceiros que apoiaram a mobilização."É um congraçamento de solidariedade e conscientização para essa ainda invisível força de trabalho de crianças e adolescentes em tenra idade que merecem proteção. Isso marca efetivamente e a cada ano que passa a tendência é engrossar as fileiras de solidariedade e isso é muito bom para Belém, para a região amazônica e para o Brasil".

A procuradora chefe do Ministério Público do Trabalho, Cíntia Leão, disse que o combate ao trabalho precoce é um dever do Poder Judiciário. "O MPT e o TRT8 têm esse dever de combate ao trabalho infantil, tanto de atuar na repressão, na fiscalização, na responsabilização de quem explora essa mão de obra, mas principalmente também na conscientização da sociedade porque a prevenção é a melhor forma de combater. E essa prevenção se faz com muita conscientização da sociedade".

A desembargadora Zuíla Dutra, gestora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil do TRT8, lembrou que cada um pode fazer a sua parte no combate ao trabalho infantil. "Acreditar que o trabalho infantil é uma grave chaga social, abrir os olhos para essa realidade. Cada um pode de alguma forma contribuir, não comprar nada de criança e adolescentes nos sinais de trânsito, não contratar serviços nem produtos, não dar esmolas, porque cada vez que você faz isso, você está contribuindo para a perpetuação da pobreza".

A abertura também foi marcada pela apresentação da Banda do Corpo de Bombeiros e pelas falas do secretário executivo do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, Inocêncio Gasparim; do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho; do arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira;  e da secretária de Cultura do Estado, Úrsula Vidal, que representou o Governo do Estado do Pará.

A caminhada seguiu pela Avenida Presidente Vargas, uma das principais ruas do centro de Belém. Crianças, jovens, adultos e idosos representando entidades e instituições parceiras seguiram por todo o trajeto em pelotões animados. Ao longo de todo o percurso, em cima dos trios elétricos, comunicadores leram mensagens de apoio dos parceiros contra o trabalho precoce.

Números

De acordo com dados de 2016, informados pelo DIEESE, o Pará tem 168 mil crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. No Brasil, atualmente, esse número ainda é muito elevado. São cerca de 2 milhões e meio de crianças e adolescentes que estão perdendo a infância e lutando para sobreviver, muitas vezes sendo marginalizados.

Carta de Belém

A caminhada encerrou na Avenida Nazaré, onde a desembargadora Zuíla Dutra, a juíza Vanilza Malcher e os artistas participantes leram a Carta de Belém pela erradicação do trabalho infantil no Brasil. O documento revela preocupação com o número de trabalhadores infantis no Pará e no Brasil, denuncia a violência que ceifa vidas e compromete a paz social e exige a promoção de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. 

A Marcha de Belém contra o Trabalho Infantil tem como objetivo reafirmar o compromisso coletivo de todos os parceiros, apoiadores e voluntários da Comissão do TRT8 de lutar por um Brasil sem Trabalho Infantil, na medida em que este perpetua a pobreza e representa entrave ao desenvolvimento sustentável de qualquer nação. A primeira edição da Marcha foi realizada em 2015 e mobilizou cerca de 30 mil pessoas. Em 2020, o evento integrou o calendário de ações nacionais da Justiça do Trabalho.

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Fonte: Ascom/TRT8
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