Imagem com o número 100 junto ao símbolo do sistema PJe

Publicada em: 18/09/2018 18:54. Atualizada em: 19/09/2018 16:15.

Exposição fotográfica “Tantos Uns” entra em cartaz no Prédio-Sede do TRT-RS abordando o tema das pessoas com deficiência

Visualizações: 38
Início do corpo da notícia.

18-exposicaotantosuns810.jpgCerimônia de abertura contou com apresentações artísticas e roda de conversas 

A exposição fotográfica “Tantos Uns” entrou em cartaz no saguão do Prédio-Sede do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) nessa segunda-feira (17/9). A mostra dá visibilidade ao tema das pessoas com deficiência, por meio de imagens produzidas pelos fotógrafos do Grupo 35 mm, com patrocínio do Sicoob Credijustra. As obras, que estavam expostas no Foro Trabalhista de Porto Alegre, seguirão em exibição no Prédio-Sede do TRT-RS (Av. Praia de Belas, 1.100) até o dia 28 de setembro. A visitação está aberta de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h.

Acesse aqui o álbum de fotos do evento. 

Na abertura da solenidade, a presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, realizou um discurso em que destacou o papel da fotografia como expressão artística e elogiou o tema abordado pela exposição. “Há importantes registros de pessoas com deficiência que fazem parte do grupo de funcionários do nosso TRT, com muito orgulho. Entendo que o problema não está na pessoa com deficiência, mas na sociedade que leva tempo demasiado a aceitar a alteração de paradigmas, isto é, de compreender que as pessoas com deficiências são produtivas”, afirmou. A presidente frisou a importância das obras e a relevância do debate proposto pelos fotógrafos. “A construção de uma sociedade mais fraterna e humana deve respeitar as diferenças, e nos compete assegurar a participação plena de todos, sem qualquer exclusão”, declarou. Acesse aqui o discurso completo da presidente Vania Mattos. 

A juíza do Trabalho Raquel Nenê dos Santos, coordenadora do Comitê Gestor de Equidade e representante da Comissão de Cultura, ressaltou a importância de aprendermos a lidar com as diferenças, de modo a compreender as pessoas em sua plenitude de competências e potencialidade. “Quem consegue mudar a própria forma de pensar tem grandes chances de também ser um agente de mudanças, lutando por melhores condições de acessibilidade, aceitabilidade e inclusão social. A sociedade precisa se permitir ser tocada pelas diferenças e olhar para os indivíduos com os olhos do coração”, afirmou. A magistrada também elogiou as iniciativas que vêm sendo desenvolvidas pelo Tribunal nesse sentido, e ressaltou que as lutas dos diferentes segmentos sociais são convergentes, porque todas levam à defesa da dignidade da pessoa humana.

Após os pronunciamentos, o servidor Alexandre Modesto Farias encenou um monólogo teatral baseado na temática da exposição. A seguir, as servidoras Nadir da Costa Jardim e Marcia Pessanha Walter leram poemas escritos pelo servidor Marcio Antonio Hornos Steffens. Na sequência da programação, o grupo de danças “Inclusão sem Fronteiras”, da Associação de Cegos do Rio Grande do Sul (Acergs), fez uma apresentação com músicas típicas da tradição gaúcha. “Viemos mostrar nossa capacidade, dentro das nossas limitações. Este é um grupo de inclusão”, explicou a professora de dança Janete Silva Vernes, responsável pelo projeto.  

Roda de conversa

O final da solenidade foi marcado por uma roda de conversa com a presença dos integrantes do Grupo 35mm, fotógrafos, representantes de associações de pessoas com deficiência, membros da Comissão de Cultura e do Comitê de Equidade e convidados. Na abertura dos diálogos, o segundo vice-presidente e diretor de esporte e cultura da Associação de Cegos do Rio Grande do Sul, Glailton Winckler, falou sobre as atividades desenvolvidas pela instituição, fundada em 1967. “Procuramos abrir portas para que o deficiente visual possa se inserir na sociedade e desenvolver-se como cidadão, com autonomia e capacidade para o estudo e o trabalho”, explicou. A Acergs oferece, gratuitamente, o ensino de braille e diversos cursos que promovem a acessibilidade, como o uso de ferramentas tecnológicas, além de atividades culturais e paradesportivas, atendimento psicológico, e assistência social. A entidade conta com a colaboração de voluntários, entre eles o servidor aposentado do TRT-RS Leon Denisar Daudt Fischer. 

A roda de conversa teve sequência com a fala de pessoas com deficiência retratadas nas obras fotográficas da exposição. Ao longo dos diálogos, os participantes compartilharam com o público suas experiências pessoais e ressaltaram a importância de a sociedade compreender as peculiaridades de cada tipo de deficiência, para melhor conviver com a diversidade e facilitar a inclusão e acessibilidade de todos. “A gente quer ser reconhecido pela nossa singularidade. Não se trata de heroicizar o deficiente, nem de vitimizá-lo. Mas de garantir ao deficiente um espaço de reconhecimento na sociedade”, comentou o representante dos servidores com deficiência no Comitê de Equidade do TRT-RS, Elton Luiz Decker. 

O evento também contou com o depoimento de fotógrafos do grupo 35mm, que falaram sobre o projeto da exposição. “Nesse processo de fazer as fotografias houve uma mudança em todos nós do grupo, pelas conversas que tivemos com os colegas retratados e as histórias que ouvimos. Hoje temos uma visão muito mais próxima dessas diversas realidades”, declarou a servidora do TRT-RS e integrante do grupo, Maria Clara Adams. 

Inclusão e acessibilidade

O Grupo 35mm buscou tornar a exposição acessível ao maior número possível de pessoas, oferecendo recursos de descrição textual das fotos em braille e códigos QR para acesso digital. Além disso, durante a cerimônia de abertura, houve tradução em libras, patrocinada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul (Sintrajufe/RS).

Acesse a página oficial da exposição, onde estão disponíveis diversas informações, incluindo as descrições das imagens, textos de apresentação da mostra, agradecimentos, detalhes do making of, entre outros.

Grupo 35 mm

Formado principalmente por servidores da Justiça Federal e Trabalhista, o Grupo 35 mm nasceu em 2001, a partir de um projeto fotográfico de resgate da cidadania dos habitantes da comunidade da Ilha Grande dos Marinheiros, que tiram do lixo o seu sustento, em Porto Alegre. Foram realizados, durante cinco anos, ensaios fotográficos, oficinas, devolução e distribuição de fotos, culminando com a publicação do livro "Vida Palafita". Com nova configuração, o grupo retoma suas atividades neste momento. Integram o grupo, atualmente, os fotógrafos Caio Monçalves, Isaura Saraiva, Lourdes Helena Rosa, Luciana Lee, Maria Clara Adams, Miriam Marroni e Teresa Haase.

Fim do corpo da notícia.
Fonte: texto de Guilherme Villa Verde, fotos de Inácio do Canto (Secom/TRT-RS)
Tags que marcam a notícia:
institucional
Fim da listagem de tags.

Últimas Notícias

Mão branca segurando três formas humanas ao lado esquerdo do texto: Trabalho Seguro Programa nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho Criança desenhando arcos verde e amarelos em fundo cinza ao lado esquerdo do texto: Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estimulo à Aprendizagem Texto branco sobre fundo cinza: PJe Processo Judicial Eletronico 3 arcos laranjas convergindo para ponto também laranja em canto inferior direito de quadrado branco, seguidos pelo texto: execução TRABALHISTA Mão branca com polegar riste sobre círculo azul ao lado esquerdo do texto: Conciliação Trabalhista