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Publicada em: 04/09/2018 11:39. Atualizada em: 05/09/2018 14:20.

Setembro Verde: TRT-RS apoia doação de órgãos e divulga campanha em prol da ONG ViaVida

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Início do corpo da notícia.

04-ONGViaVida-Prédio.jpgO Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) engajou-se na campanha “Setembro Verde”, que promove nacionalmente a importância da doação de órgãos. Ao longo do mês, a fachada do Prédio-Sede permanecerá iluminada com esta cor, à noite.  O Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos é celebrado em 27 de setembro. 

A Instituição também começa a divulgar junto ao seu público interno e à comunidade jurídica uma campanha em prol da ONG ViaVida, de Porto Alegre. A entidade mantém a Pousada Solidariedade, acolhendo gratuitamente pessoas recém-transplantadas ou que estão em lista de espera por um órgão, vindas de diferentes regiões do Brasil.  A maioria dos hóspedes, cerca de 60%, são crianças e adolescentes. A ViaVida ainda realiza ações de conscientização sobre doação de órgãos, prevenção de doenças e cuidados com a saúde.

04-ONGViaVida-Fachada.jpgA Pousada Solidariedade fica localizada na Rua São Mateus, 815, bairro Jardim do Salso, na Capital. A casa tem capacidade para abrigar 10 hóspedes e 10 acompanhantes. São pessoas oriundas de outras cidades e estados, que desembarcam em Porto Alegre com a esperança de uma nova vida. A capital gaúcha é referência nacional em transplantes de órgãos, ao lado de São Paulo. Por isso, hospitais da sua rede pública – Complexo Santa Casa, Hospital de Clínicas, Instituto de Cardiologia, São Lucas da PUCRS e Ernesto Dornelles – recebem pacientes de todo o Brasil, especialmente dos estados onde não é realizado esse tipo de cirurgia. Os procedimentos são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, a Pousada Solidariedade hospeda pessoas do Piauí, Amapá, Paraíba, Acre, Distrito Federal, Santa Catarina e do interior do Rio Grande do Sul.

Os hóspedes chegam à Pousada por meio dos setores de Assistência Social dos hospitais, que fazem uma análise socioeconômica dos doentes. Aqueles que não têm condições de se manter em Porto Alegre para aguardar o transplante ou fazer o tratamento pós-cirurgia são encaminhados para a ONG ViaVida. Mas por que as pessoas em lista de espera precisam aguardar em Porto Alegre, e não nos seus estados de origem? Porque quando surge um órgão compatível, o ideal é o transplante ser feito com a maior brevidade possível. E por que os transplantados precisam ficar na Capital após a alta do hospital? Porque o tratamento contra a rejeição do novo órgão é um ajuste fino de medicações que vai de acordo com as reações do receptor, necessitando monitoramento e proximidade com o hospital para qualquer intercorrência. Além disso, o transplantado fica com a imunidade mais baixa nesse período, por conta do tratamento imunossupressor que visa a evitar a rejeição.

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Pousada recebe hóspedes de diferentes estados

Na Pousada, o hóspede e seu acompanhante ganham acomodação, itens de higiene e alimentação básica, orientada por nutricionistas dos hospitais, além de serviços de apoio pedagógico e psicológico, oficinas de artesanato, informática e outras que o voluntariado proporciona. Também são acompanhados por uma assistente social.  Os procedimentos necessários para os tratamentos e as medicações ficam sob a responsabilidade do acompanhante. A casa mantém um relacionamento próximo com os hospitais, facilitando o contato em caso de necessidades dos doentes.  

A ViaVida e a Pousada Solidariedade são mantidas por parceiros e doações. Colaborações em dinheiro podem ser depositadas na seguinte conta bancária:

Banco Banrisul
Agência: 1167
Conta Corrente:  06.008585.0-0
CNPJ: 04.043.606/0001-65
Nome: VIA Pró-Doações e Transplantes

Também são muito bem-vindos na Pousada itens como alimentos não perecíveis, produtos de higiene e limpeza, agasalhos (principalmente para hóspedes vindos do Norte e Nordeste, que geralmente não têm roupas quentes suficientes para suportar o frio gaúcho), cobertores, roupas de cama e toalhas. O TRT-RS disponibiliza quatro pontos de coleta desses itens: 

  • dois no Foro Trabalhista de Porto Alegre (Av. Praia de Belas, 1.432) - na galeria do Prédio 1 e na frente do Protocolo;
  • dois no prédio do Tribunal (Av. Praia de Belas, 1.100) - no saguão do Prédio-Sede e na entrada pela Rua Marcílio Dias, próximo da guarita.

A ViaVida ainda recebe contribuições pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Funcriança). No site do Fundo, pessoas físicas podem destinar até 6% do seu Imposto de Renda, e pessoas jurídicas, 1%. O valor da contribuição é deduzido no Imposto a Pagar, podendo a pessoa recebê-lo em restituição.  Por exemplo, se o contribuinte tem R$ 1 mil a pagar de IR, poderá doar R$ 60 e ser restituído desse valor, corrigido pela taxa Selic. Essa doação deve ser feita até o último dia útil do ano-base da declaração. No momento de preencher o campo “Doações Efetuadas”, no modelo completo de declaração, a pessoa deve informar que a colaboração foi destinada ao Funcriança, e não à ONG. Na prática, é o contribuinte escolhendo a destinação de parte do seu imposto de renda para a entidade.

A ViaVida também promove o “Tour Gastronômico”. Nesse projeto, restaurantes da Capital destinam à ONG parte da renda obtida em determinado dia do ano. Em setembro, participarão da iniciativa o Bar do Beto (Av.  Venâncio Aires, 876), no dia 13, e a Churrascaria Barranco (Av. Protásio Alves, 1578), no dia 27.

Atividades de conscientização

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Materiais sobre a ONG estão disponíveis no saguão do TRT

Além da Pousada Solidariedade, a ViaVida promove diversas ações de conscientização em escolas, empresas, feiras, congressos, sinaleiras e outros espaços. A entidade tem uma equipe de 75 voluntários, de diferentes idades e formações profissionais, que se dividem em vários grupos de trabalho: organização de eventos de disseminação da causa e outros beneficentes, gestão da pousada, palestras, divulgação e outros. Uma das voluntárias é a juíza do Trabalho aposentada Noêmia Gensas, responsável por pedir o apoio do TRT-RS à causaAbre em nova aba.

O foco das ações é a sensibilização sobre a importância da doação de órgãos. Mas, desde 2006, a ONG também tem conversado com as pessoas sobre cuidados com a saúde, a fim de diminuir a fila de espera por um novo órgão. “Muitas doenças que levam à necessidade de um transplante são adquiridas ao longo da vida por conta de maus hábitos, em vez de serem autoimunes ou de origem genética. Por isso, a prevenção é importante”, alerta a presidente da entidade, Lucia Elbern.

Transplantes no RS

Conforme dados da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, foram realizados neste ano, até 31 de julho, 403 transplantes de órgãos e 629 de tecidos, no Estado. Foram 137 doadores que proporcionaram a essas pessoas uma nova chance de viver com saúde.  Os órgãos que podem ser aproveitados após a morte encefálica são coração, pulmões, fígado, rins, pâncreas e intestinos (procedimento ainda não realizado no Brasil). Os tecidos são córneas, osso, pele e esclera (parte branca do olho), além de sangue e medula óssea, que são doações entre vivos.

Até 31 de julho, havia 1.429 pessoas na fila de espera por órgãos, e outras 190 aguardando tecidos, no Rio Grande do Sul. Em média, 43% das famílias negaram a doação de órgãos dos seus entes falecidos, no Estado. Boa parte alega que nunca conversou com o parente sobre sua condição de doador ou não. 

A possibilidade de registro da condição de doador na carteira de identidade foi excluída da legislação brasileira em 2001. Hoje, é a família quem decide. Daí a importância de todas as pessoas informarem seus familiares se são doadoras de órgãos e tecidos.

Além da falta de diálogo sobre o assunto na família, Lucia acredita, com base na sua experiência, haver outros motivos para as negativas. Um deles é o mau atendimento que muitas vezes ocorre na rede pública de saúde. “Se o parente que faleceu foi mal atendido, dificilmente a família autorizará a doação”, observa a presidente da ONG. Outra razão é que a retirada dos órgãos pode atrasar atos fúnebres, especialmente em cidades onde não há médicos habilitados para o procedimento, sendo necessário aguardar a chegada de um especialista da Capital. Então, as famílias às vezes optam em não doar por conta dessa demora. O terceiro motivo apontado por Lucia é a carência de capacitação de alguns profissionais da saúde que entrevistam as famílias após a morte do parente, momento em que elas são consultadas sobre o interesse na doação dos órgãos.

Segundo Lucia, se o indivíduo declarou aos parentes ser doador de órgãos, a família sempre atende esse seu último desejo. Mas muitas pessoas afirmam não ser doadoras, com receio de que seus órgãos sejam retirados enquanto estiverem vivos, durante o atendimento no hospital. “Esse medo infelizmente é muito comum, devido à falta de informação. A retirada dos órgãos segue um protocolo rigoroso. Só é feita após a realização de todos os exames de três diagnósticos confirmativos de morte encefálica exigidos pela lei, com intervalos entre um e outro. A morte encefálica significa que o cérebro não tem nem uma gota de sangue passando. É um quadro irreversível. Quando chega esse estágio, os demais órgãos começar a parar em poucos minutos, por isso são colocados aparelhos para circulação do sangue nos órgãos, o que permite a doação”, explica Lucia.04-ONGViaVida-Marca.jpg

Mais sobre a ViaVida

A história da ViaVida iniciou em 1999. Martin, filho de Lucia, teve uma insuficiência renal aguda e entrou na lista de espera por um órgão, recebendo um novo rim aos 16 anos de idade – hoje com 35, Martin vive com saúde e recentemente tornou-se pai da menina Lara, nascida no início de agosto. Percebendo a necessidade de ampliar a conscientização da sociedade acerca da importância da doação de órgãos, Lucia e outros voluntários começaram a realizar diversas atividades com esse propósito. O trabalho resultou na fundação da ONG ViaVida, em 29 de junho de 2000.

Contatos da ONG

Página no FacebookAbre em nova aba
Endereço: Rua São Mateus, 815, bairro Jardim do Salso. Porto Alegre.
Telefone: (51) 3333-4519
E-mail: via@viavida.org.br
Site: www.viavida.org.br
Instagram: @viavidadoacoesetransplantes

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Fonte: Gabriel Borges Fortes (Secom/TRT4)
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