Ministro Dipp relata experiência na Corregedoria Nacional de Justiça
O Ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Langaro Dipp (foto), palestrante final do V Encontro Institucional da Magistratura do Trabalho do Rio Grande do Sul, expôs aos participantes parte de sua experiência de dois anos na titularidade da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça. Dirigindo-se na manhã de hoje (25/9) aos magistrados, que estão reunidos em Gramado desde a quarta-feira, Dipp alertou que desvios de conduta na magistratura não são tão raros assim.
“Cinco anos, para afirmação de um órgão institucional, é quase nada”, afirmou, acrescentando que “se as Corregedorias locais funcionassem, a nacional seria um órgão distante”, ao falar sobre a evolução do CNJ, inicialmente rejeitado, principalmente na própria magistratura, mas hoje uma instituição aceita, respeitada e reconhecida pela sociedade.
Argumentando que o Brasil é hoje o país onde o judiciário tem mais autonomia, independência e melhor remuneração da América Latina, elogiou a Justiça do Trabalho e o formato de realização do Encontro de Gramado. E que o CNJ tem contribuição para isso, na medida em que sistematizou questões administrativas, de gestão e de transparência de todas as justiças, hoje com mais de 16 mil magistrados.
Mas a Corregedoria Nacional de Justiça não é só fiscalização, controle e punição, disse o ministro Dipp, citando ações positivas que resultaram na melhoria do serviço jurisdicional. As audiências públicas e os cadastros nacionais, foram citados como exemplos. O ministro do STJ concluiu afirmando que o CNJ é pautado pelos princípios de disciplina, eficácia e ética, pois “todo cidadão tem direito à razoável duração do processo, que deve ser julgado por um juiz de conduta ilibada”.