Dicas de Como Aplicar
Verifique quem é o destinatário final do texto. Este é o fator que mais determinará o tipo de linguagem e o grau de formalidade a serem utilizados.
Tenha bem clara qual será a finalidade do texto, isto é, se comunicará, ordenará ou esclarecerá algo. De posse dessas informações, será mais fácil definir qual o modelo de documento mais adequado.
Procure, sempre que viável, fazer um pequeno esquema do texto, de forma que você saiba, desde o início, de onde partirá e onde chegará.
Comece pela exposição geral do assunto, expondo gradativamente as ideias.
Use frases curtas, evitando períodos muito longos.
Construa orações na ordem direta, respeitando o padrão verbal do Português, isto é, a sequência S – V – O (Sujeito – Verbo – Objeto).
Seja conciso. Evite repetir informações desnecessárias e que não contribuam para o sentido global do texto. Faça o exercício do “corte”, isto é: se a informação não agrega nada ao sentido do texto ou se ele puder tranquilamente ser compreendido sem aquela informação, então, corte! Exclua sem medo os trechos que lhe soarem desnecessários.
Busque uniformidade no uso dos tempos verbais.
Evite o uso de muitos adjetivos.
Restrinja o uso de expressões relativas (que, cujo, qual, etc.);
Opte pela voz ativa no lugar da passiva.
Certifique-se do significado das palavras antes de utilizá-las. Isso é muito importante.
Procure não utilizar metáforas, analogias ou coisas do tipo, pois esse tipo de recurso não condiz com a linguagem técnica.
Reduza ao máximo o uso de gerúndios.
Evite utilizar expressões latinas! Elas não são de conhecimento geral.
Abuse dos elementos de coesão. Eles contribuem muito para o estabelecimento de relação lógica entre as ideias. Mas cuide para não tornar o texto truncado demais pelo excesso de vírgulas para separar um do outro.
A linguagem técnica jurídica pode e deve ser utilizada em textos que priorizem a linguagem simples, mas com moderação. Não há como abrir mão de termos como "petição inicial", por exemplo. Se for necessário, você pode repetir expressões técnicas sem problemas. Isso evita a utiliação de sinônimos poucos conhecidos e desnecessários, como "peça-ovo", "peça vestibular", "exordial".
Analise se as ideias estão expostas de forma clara e dentro da lógica e se não há qualquer trecho obscuro que possa gerar ambiguidade.
Exclua sem medo os trechos que lhe soarem desnecessários.
Leia-o em voz alta para perceber ecos (palavras com terminações iguais empregadas muito próximas umas das outras) e cacofonias (também conhecidas como cacófatos, são os sons indesejáveis formados quando da má junção de palavras).
Peça, se possível, para outra pessoa ler o texto. A compreensão (ou não) dela mostrará se o que foi escrito está claro e se você atingiu seu objetivo de comunicação. Se viável, o interessante é que essa pessoa não entenda sobre o assunto abordado. Se ela entender, em linhas gerais, o que está escrito, mesmo não tendo o conhecimento prévio para tanto, significa que o texto está acessível.
Coloque-se no lugar de quem lerá o texto e altere tudo o que achar necessário antes de imprimi-lo ou enviá-lo a quem se destine.
Além disso, procure EVITAR:
A exposição de opiniões ou impressões pessoais. A impessoalidade é um dos princípios da Administração Pública, e ela deve estar presente inclusive nos textos produzidos pelos órgãos dos três Poderes, já que é por meio da linguagem que os atos jurídicos e administrativos se concretizam.
A utilização de palavras ou expressões que gerem ambiguidades ou obscuridades. Se a frase apresenta um pouco que seja de sentido duplo, prefira reescrevê-la.
Rebuscar o texto. Nada mais desnecessário do que o emprego de adjetivos, advérbios ou locuções adverbiais em demasia, sem um propósito claro.
A utilização de estrangeirismos, termos demasiadamente técnicos, jargões e regionalismos. Dê sempre preferência ao vocabulário de entendimento geral.
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