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Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região

Memorial da Justiça do Trabalho

Publicada em: 26/09/2024 11:17. Atualizada em: 30/11/2024 18:58.

Carol Heinen, filha do dr. Lenir Heinen, faz exposição em homenagem ao seu pai | Das roupas velhas do pai

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Lenir e Carol Heinen
Herança
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Convite para a exposição de Carol Heinen, Das roupas velhas do pai, com vernissage dia 04 de outubro a partir das 17:30 no Espaço Lenir Heinen do Foro Trabalhista de Porto Alegre, av. Praia de Belas, 1.432.
Divulgação | Carol Heinen
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#Notícia | Carol Heinen, filha do dr. Lenir Heinen, faz exposição em homenagem ao seu pai | Das roupas velhas do pai
Carol cresceu vendo seu pai todos os dias de traje, camisa e gravata. Quando ele se foi, guardou muitas peças de roupa dele. Devagarzinho foi transformando-as em “abraços” para a família e os amigos próximos. Muitas gravatas e outros vestíveis viraram lembranças ou até uma espécie de amuleto para amigos e conhecidos.
Nesse processo de distribuir e transformar memórias lhe veio à mente a música Guri, escrita e musicada pelos irmãos João e Júlio Machado cujo trecho deu nome a esse projeto pessoal dela.
Novos conhecimentos e mesmo acontecimentos foram aflorando na designer o desejo de que esse projeto inspirasse outras pessoas a fazerem o mesmo: prolongar a vida das peças de roupa com história mantendo por perto assim os amados que já se foram.
A exposição DAS ROUPAS VELHAS DO PAI traz 16 afetos em forma de obras e estará aberta a visitação no Espaço Lenir Heinen, do Foro Trabalhista de Porto Alegre (Av. Praia de Belas, 1.432, Porto Alegre-RS), de 4 a 24 de outubro com visitação de segunda a sexta das 10h às 16h.
A vernissage de abertura será no dia 04 de outubro, a partir das 17:30.
Venham prestigiar!
#upcycling #designemocional #saudades
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Carol Heinen
Formada em Design Gráfico, Jornalismo e Imagem Publicitária, vem traçando seu caminho dentro da comunicação. Sua familiaridade com o fazer manual - herança de família - e todo o conhecimento de projeto adquirido com o design, além do amor pelas cores e imagens e sua curiosidade sempre a levaram a experimentar outros projetos.
Começou transformando papel em objetos, cartazes e cartões; ainda criança, passou a traduzir luz e tempo em fotografia e, mais tarde, tecidos, cores e linhas em bolsas coloridas.
A partida do seu pai a fez traduzir a saudade ainda mais na produção de tudo que pudesse tornar-lhe a vida mais leve e poética.
Somados a isso, a pandemia, Mari Kondo, Os Minimalistas, o flerte com o design de moda do RS, a preocupação com a sustentabilidade, algumas poucas viagens a lugares mais distantes e um coração mais tranquilo a fizeram ver a beleza muito além do material e a tornaram uma entusiasta do design emocional.
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Eu não conheci Lenir Heinen pessoalmente. Eu o “li” através de vestígios e fragmentos colhidos entre guardados impregnados de emoções. Tive de construir sua imagem a partir de seus pertences pessoais, roupas, gravatas, acessórios cuidadosamente preservados pelo amor de sua filha, Carol. Pelos olhos dela, pude ver um pouco desse grande magistrado através de seus gostos, suas cores, suas estampas. Toquei em peças que lhe pertenceram, senti sua presença habitando aquelas vestimentas, e vi a transformação de algumas em novas possibilidades, que darão continuidade à história dele, misturando-a com outras tantas. As memórias têxteis são tão fascinantes justamente por esse upcycling de sentimentos e peças afetivas. Carol deu voz à saudade de Lenir, honrando sua vida e ressignificando suas peças para parentes e amigos. Fez esses afetos circularem, levando e preservando as memórias do pai como sementes para outras primaveras, ao invés de deixá-los trancados num armário.
Penso nas memórias vestíveis e sua carga emocional profunda, pois as roupas daqueles que amamos e já não estão aqui, são mais do que simples peças de vestuário; são relicários de momentos, conexões e sentimentos que marcaram nossas vidas, trazendo consigo histórias antigas, cheiros, e até mesmo a sensação de um abraço. Sim, a roupa é um tipo de memória, ela absorve aquela ausente presença. Parece um vestígio vazio, mas é plena de significados, e sempre será um lembrete dessa existência.
Quando segurei as peças de Lenir, fui transportada para momentos que sequer presenciei, mas pude imaginar através das lembranças de sua filha: uma camisa xadrez que era usada nos domingos em família, um colete bege usado nos dias frios, as gravatas do trabalho, a carta de um jovem conhecido que relatava orgulho e saudade do “tio Lenir”, todos símbolos tangíveis de amor e conexão, permitindo-me sentir as risadas que eles certamente deram juntos, mas também as lágrimas derramadas, os conselhos oferecidos, os momentos de conforto, as alegrias e as tristezas, pois assim é a vida.
Contudo, outras lembranças se misturaram às do Lenir. A gravata do amigo Elso, o relógio que pertenceu ao Sr. Ilson, o blusão domingueiro do Sr. Amarante, a saia dançante da Sra. Dolores, a camiseta autoral da prima Julia, a camisa xadrez do Sr. Raul, o vestido bordado de guardanapos da Dona Mimi Moro e o livro de poesias favorito do Sr. Müller.
Em um mundo em constante mudança, as roupas e objetos carregam genealogia, são âncoras que nos mantêm conectados às nossas raízes e às pessoas que moldaram quem somos. A exposição DAS ROUPAS VELHAS DO PAI traz 16 afetos em forma de obras que representam o amor e as conexões que não se perdem, se transformam.
Que as sementes de Lenir sigam inspirando e germinando através de suas histórias e memórias. Estão todos convidados a partilhar as suas!
Madeleine Müller (professora de moda, escritora e adepta do Design Emocional)
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Fonte: Memorial | Carol Heinen
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ExposiçãoDesign Emocional
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